
O Brasil registrou em 2024 sua maior redução anual nas emissões de gases de efeito estufa desde 2009, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (3) e relacionados à queda do desmatamento na Amazônia.
As emissões brutas diminuíram 16,7% em relação ao ano anterior, calculou o Observatório do Clima: uma boa notícia para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a poucos dias de sediar a conferência climática COP30 da ONU, em Belém do Pará.
"Os novos dados mostram o impacto da retomada do controle de desmatamento pelo governo federal em seguida ao descontrole deliberado entre 2019 e 2022", afirmou o Observatório em nota à imprensa.
Durante aquele período, sob o governo Bolsonaro, o desmatamento disparou na maior floresta tropical do mundo, essencial na luta contra o aquecimento global por absorver gases poluentes.
Desde que Lula assumiu em 2023, a destruição florestal diminuiu na Amazônia Legal. Caiu 11% entre agosto de 2024 e julho de 2025, segundo dados oficiais divulgados na semana passada.
Apesar dessas reduções, "os dados da economia brasileira em 2025 (...) não permitem fazer projeções otimistas" sobre o cumprimento das metas de redução de emissões do país neste ano, advertiu o Observatório.
Embora reconheçam os avanços no combate ao desmatamento, organizações ambientalistas criticam o leve aumento das emissões do setor agropecuário e da geração de energia no país.
- Leia também: Lula visita comunidades tradicionais antes da COP30
Também questionam Lula por ter apoiado um megaprojeto de exploração de petróleo próximo à foz do rio Amazonas.
Em outubro, a Petrobras iniciou perfurações em águas profundas do Amapá, a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e a 175 km da costa, na Margem Equatorial, após receber a autorização do órgão de controle ambiental.
Lula defende que a exploração de hidrocarbonetos é necessária para financiar a transição energética, mas ambientalistas criticam o impacto sobre as emissões.

Brasil
Brasil
Brasil