DESASTRE AMBIENTAL

Mariana: Dez anos após tragédia, Justiça ainda não condenou responsáveis

As empresas envolvidas no desastre foram absolvidas pela Justiça em 2024 por falta de provas

Área destruída pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG): associações das vítimas afirmam que não foram ouvidas  -  (crédito:  Antonio Cruz/ Agencia Brasil)
Área destruída pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG): associações das vítimas afirmam que não foram ouvidas - (crédito: Antonio Cruz/ Agencia Brasil)

O rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP em Mariana (MG), completa 10 anos nesta quarta-feira (5/11). A tragédia liberou cerca de 40 milhões de toneladas de rejeitos, causou 19 mortes e destruiu comunidades como Bento Rodrigues. A lama percorreu mais de 600 quilômetros até atingir o Espírito Santo.

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Uma década depois, o processo de reparação segue na Justiça. Em 2024, governos federal e estaduais homologaram um novo acordo civil para indenizações e recuperação ambiental, enquanto ações internacionais seguem em andamento, incluindo um processo no Reino Unido que representa cerca de 620 mil atingidos. 

Também no ano passado, a Justiça absolveu Samarco, Vale e BHP das acusações criminais, alegando falta de provas que estabeleçam a responsabilidade direta dos envolvidos. O Ministério Público Federal recorreu da decisão, argumentando que desastres dessa magnitude são resultado da atuação conjunta de estruturas corporativas e não apenas de condutas individuais.

O Movimento dos Atingidos por Barragens realizou, hoje, um ato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte(MG), com a presença do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, e da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo. 

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

 

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postado em 05/11/2025 18:26 / atualizado em 05/11/2025 18:27
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