
Após semanas de luta pela sobrevivência, morreu na noite desta quarta-feira (24/12) Tainara Souza Santos, 31 anos, vítima de uma tentativa de feminicídio que chocou o país. Ela estava internada no Hospital das Clínicas, em São Paulo, desde o fim de novembro, quando foi atropelada e arrastada por um carro conduzido por um ex-companheiro. A morte foi confirmada pela família e pela equipe jurídica da jovem.
Durante o período de internação, Tainara passou por uma série de procedimentos complexos. Além da amputação das duas pernas, ela foi submetida a novas intervenções cirúrgicas, incluindo uma amputação mais alta na região das coxas para reconstrução dos glúteos, traqueostomia e cirurgias reparadoras. Mesmo com todos os esforços médicos, o quadro se agravou e ela não resistiu.
A mãe da vítima, Lúcia Aparecida Souza da Silva, lamentou a perda nas redes sociais, mencionando a dor da família e reforçando o pedido por justiça. “Nossa guerreira nos deixou”, escreveu, destacando o sofrimento vivido pela filha desde o dia do ataque.
Relembre o caso
O crime aconteceu após uma discussão em um bar na Zona Norte de São Paulo. Segundo testemunhas, o ex-companheiro, Douglas Alves da Silva, não aceitava o fim do relacionamento e, tomado por ciúmes, usou o carro para atropelar Tainara. Câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima foi atingida e arrastada por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê, uma das vias mais movimentadas da capital paulista.
Douglas foi preso em flagrante poucas horas depois e inicialmente respondeu por tentativa de feminicídio. Com a morte de Tainara, a tipificação do crime deve ser alterada para homicídio qualificado, com agravantes como motivo fútil e meio cruel. A defesa do acusado afirma que ele não tinha intenção de matar. O inquérito segue em andamento pela Polícia Civil e no Ministério Público.

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