Crime

Velório da família Vidal é marcado por pedido de justiça

Os pais, Cláudio e Cleonice, e os dois filhos, Gustavo e Carlos, foram mortos na última quarta-feira (9/6) por Lázaro Barbosa, que tem longa passagem pela polícia e continua foragido

Edis Henrique Peres
postado em 14/06/2021 14:19 / atualizado em 14/06/2021 14:19
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O velório da família Vidal, vítima da chacina em Ceilândia, na última quarta-feira (9/6), foi marcado por revolta. Ao Correio, amigos contaram que familiares estão desolados. "É uma dor muito grande. Perder apenas uma pessoa já dói, agora imagine perder quatro?", se emociona uma amiga da família que preferiu não se identificar.

Os quatro membros da família Vidal foram enterrados na manhã desta segunda-feira (14/06). Os dois filhos do casal, Gustavo Marques, 21 anos, e Carlos Eduardo Marques, 15 anos, foram enterrados juntos, às 10h30 da manhã. Os pais, Cleonice Marques, 43 anos, e Cláudio Vidal, 48, foram sepultados por volta das 10h50, em outra sepultura conjunta.

Para o irmão da Cleonice, Vando Rodrigues de Amorim, 54 anos, mecânico e morador de João Pinheiro (MG), a espera é por justiça. "Era uma família simples e feliz, não tinham inimizade com ninguém. Vão deixar saudade na gente. O que todos gostaríamos é que achassem esse maníaco e que fosse feito justiça", declara.

Maria Felicia de Jesus, 60 anos, moradora do Recanto das Emas e servidora pública, relata a união da família. “Eu sou prima de Cleonice e todos os irmãos dela estão se dedicando a estar aqui. Deixaram os afazeres que tinham em Minas Gerais, as fazendas, os comércios, e os animais, e ficaram procurando por Cleonice, enquanto ela estava desaparecida. É uma família muito unida. O nosso desejo é que Deus dê muita força para todos lidarem com essa situação, porque é uma perda muito grande. Só queremos que esse cara seja encontrado e pague pelo que fez”, pontua Maria.

A família Vidal era cristã praticante e amigos da Paróquia Cristo Redentor, igreja cuja missa era frequentada por alguns familiares de Cláudio, também acompanharam o velório. Edson Carlos, 43 anos, morador de Taguatinga e motorista de aplicativo, conta que os familiares estão arrasados e que os fiéis da paróquia quiseram ajudar no momento de luto. “É uma dor que não passa, ela continua. E o que causa mais revolta é a crueldade: se queria roubar, deixasse ao menos a família em paz”, lamenta Edson.

A última homenagem à família Vidal reuniu aproximadamente 80 pessoas, entre familiares e amigos.

 

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