Pandemia

DF aplicou doses não recomendadas em 222 adolescentes, segundo Ministério da Saúde

Ministério da Saúde diz que foram aplicadas doses da Astrazeneca, Coronavac e Janssen em adolescentes entre 12 a 17 anos. O grupo deveria receber apenas a aplicação da Pfizer

Ana Maria Pol
postado em 16/09/2021 17:48 / atualizado em 16/09/2021 18:41
Ministério da Saúde informou por nota que o DF teria descumprido as orientações da pasta -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press  )
Ministério da Saúde informou por nota que o DF teria descumprido as orientações da pasta - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press )

Em coletiva, na tarde desta quinta-feira (16/9), o Ministério da Saúde divulgou que o Distrito Federal não seguiu a recomendação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e imunizou 222 jovens de 12 a 17 anos com doses da Astrazeneca, Janssen e Coronavac. Segundo a orientação, apenas a aplicação da Pfizer para essa faixa etária é permitida.

Segundo o levantamento do Ministério, foram imunizadas 90 pessoas com doses da Astrazeneca; 111 da CoronaVac; e 21 da Janssen. Após a divulgação dos dados, o Secretário Saúde do DF, general Pafiadache, reiterou que os casos serão investigados. “Nós vamos investigar se isso não foi uma questão de digitalização, alguma desatenção, porque se tomou todas as medidas para que os jovens fossem direcionados aos locais onde estariam a Pfizer”, disse.

De acordo com o general, nos postos em que havia imunização para jovens acima de 14 anos, foram distribuídas doses apenas da Pfizer, com o intuito de se evitar qualquer tipo de aplicação aplicação errada.

Imunização de adolescentes

Durante a coletiva da pasta, que aconteceu também nesta tarde, o general Paradache reforçou que manterá a imunização de adolescentes entre 14 e 17 anos até a conclusão de análise da Secretaria de Saúde. O debate sobre a vacinação surgiu após publicação de uma nota informativa, nesta quarta-feira (15/9), da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde.

O chefe da pasta justificou que não houve relato do público quanto à reação adversa. “88.705 adolescentes já se vacinaram, sem nenhum efeito adverso. Será que a família não poderia considerar que a Pfizer é uma vacina segura, a única certificada mundialmente. Então fica a pergunta: porque não prosseguir?”, indagou.

 

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