Detentos

Tensão entre presos teria motivado suspensão de visitas na Papuda

Em nota conjunta com demais órgãos, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF destacou que um grupo de criminosos tenta "subverter a ordem e oprimir os demais (presos)"

Correio Braziliense
postado em 29/10/2021 15:51 / atualizado em 29/10/2021 15:53
 (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) explicou, em nota conjunta, o motivo da suspensão das visitas no Complexo Penitenciário da Papuda. Segundo a pasta, houve “um movimento promovido por um pequeno grupo de presos vinculados a organizações criminosas” que tentam, desde o início deste mês, “subverter a ordem e oprimir os demais (presos), especialmente com a divulgação de denúncias anônimas”, destacou.

A nota é assinada pela Vara de Execuções Penais do DF (VEP-DF), Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF). O texto garante que as denúncias realizadas estão sendo apuradas.

A pasta esclarece que os policiais penais apreenderam cerca de 90 facas artesanais que seriam usadas em um possível ato de motim ou rebelião. “A apreensão poupou as vidas de muitos reeducandos”, defendeu.

A nota pontua que atualmente toda a população carcerária e servidores que atuam no sistema prisional estão imunizados contra a covid-19. Ao fim, o texto indica que as “questões relacionadas aos pleitos das pessoas presas serão tratadas na via judicial apropriada para as discussões deste jaez, com as respectivas competências delimitadas pela lei, com independências e harmonia”.

Entenda

Na última quarta-feira (27/10), cerca de 3 mil presos lotados na Papuda iniciaram uma greve de fome por estarem sofrendo supostos maus-tratos pelos policiais penais da unidade. Outro suposto motivo da greve seria a não entrega das marmitas aos detentos. Em um áudio ao qual o Correio teve acesso, uma mãe contou que o filho passou o dia inteiro sem comer. “Eles entregaram a marmita às 20h azeda e os agentes estão soltando balas de borrachas nas celas. Ele não quer me falar muita coisa porque tem medo de me magoar, mas vi que está muito abatido e magro”, relatou. Devido à situação, as visitas presenciais de quinta-feira foram suspensas.

 

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