Imprudência

Vizinhos denunciam morador da 411 Norte por disparos na quadra

De acordo com os relatos, o autor estaria atirando com uma arma de chumbinho da janela de seu apartamento e já teria acertado uma moradora. A 2ª DP investiga o caso

Arthur de Souza
postado em 26/04/2022 16:45 / atualizado em 26/04/2022 16:46
O rapaz já teria sido alertado sobre o perigo dos disparos efetuados, contudo, ignorou o apelo. -  (crédito: Fernando Lopes/CB/D.A Press)
O rapaz já teria sido alertado sobre o perigo dos disparos efetuados, contudo, ignorou o apelo. - (crédito: Fernando Lopes/CB/D.A Press)

Moradores da Super Quadra Norte (SQN) 411, mais especificamente do Bloco D, estão vivendo dias de tensão. De acordo com denúncias, um morador estaria efetuando disparos por meio de uma espingarda de chumbinho.

Um residente da quadra, que pediu para não se identificar — por medo de represália do atirador —, disse ao Correio que ele também é morador do Bloco D e que tudo teria começado em 2021. “Ele fazia uso (da arma) no pilotis, atirando nas árvores próximas aos blocos D, F e I. Atualmente, ele atira da janela de seu apartamento”, relata.

Ainda de acordo com o morador, o rapaz já teria sido alertado sobre o perigo dos disparos efetuados. “(Ele) não ouve ninguém. Inclusive, já atingiu outro morador da quadra”, revela a testemunha. O denunciante também afirma que o síndico do Bloco D foi orientado pela prefeitura da SQN 411 a registrar um boletim de ocorrência.

O Correio fez contato com o gestor que, por meio do advogado do bloco, Ricardo Sampaio, informou que existe uma suspeita de quem seja o autor, mas que ainda não pode provar. “Há cerca de três dias, foi feito um boletim, pedindo a apuração da autoria. Estamos tendo certo cuidado, para poder acusar a pessoa certa”, destaca o advogado.

Ele confirma a denúncia feita pelo morador. “A primeira reclamação foi feita entre julho e agosto do ano passado. Ele utilizava (a arma) no pilotis do bloco, agora, o faz da janela de seu apartamento”, diz Ricardo. Ainda segundo o advogado do Bloco D, a dificuldade está na legislação vigente para esse tipo de arma. “Elas são de porte livre e não existe restrição quanto ao uso”, lamenta.

Ricardo conclui afirmando que está aguardando a resposta da Polícia Civil (PCDF) para tomar todas as medidas necessárias. “Aguardamos a identificação concreta do autor, para aplicação de multa e outras medidas pertinentes, como abertura de processo de expulsão — caso ele persista com os disparos”, finaliza.

O Correio procurou as polícias Militar e Civil do DF para saber sobre o caso. De acordo com a PM, a corporação não atendeu nenhum caso desta natureza recentemente. Já a PCDF, em nota, disse que uma moradora da quadra, 31 anos, foi atingida no braço direito, de raspão, na tarde de 11 de abril. O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) como lesão corporal.

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