O funcionário público do Distrito Federal Marcelo Damasceno Barroso, 36 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por homicídio qualificado pela morte do ciclista Ricardo Aragão, 58 anos. Segundo os promotores do caso, o motorista assumiu o risco de matar. A denúncia foi aceita pela Justiça.
O caso ocorreu no dia 10 de outubro de 2020. Ricardo e a amiga Nadia Bittencourt pedalavam na quadra 704 da Asa Norte, em frente à Igreja de Cristo, quando foram atropelados por Marcelo. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) atendeu a ocorrência, mas o ciclista entrou em parada cardiorrespiratória e não resistiu. A mulher apresentou escoriações e ferimentos leves.
Após o crime, Marcelo fugiu do local sem prestar socorro às vítimas. Na época do acidente, a Polícia Civil do Distrito Federal conseguiu identificar o carro e o autor por meio de uma peça do veículo, que fica na parte frontal do automóvel. A ferramenta teria caído no chão no momento do acidente. O funcionário público se apresentou na delegacia depois de passados 10 dias do acidente.
Além da peça do veículo, câmeras de segurança dos prédios próximos ao local mostraram os ciclistas pedalando e, em um momento seguinte, o carro de Marcelo aparece passando em alta velocidade.
Para auxiliar nas investigações, a família da vítima conseguiu imagens de câmeras de segurança de prédios do local que mostram momentos antes do acidente. O material foi entregue aos investigadores.
Marcelo também deverá entregar a carteira de habilitação. Por determinação do ministério, o funcionário público teve a suspensão do direito de dirigir por demonstrar ameaça à segurança viária.
O Correio tentou contato com a defesa do acusado, mas até o momento não obteve sucesso. O espaço segue aberto para manifestações.
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