Ajuda

Campanha busca arrecadar recursos para a família de maquiadora baleada

Publicação no perfil da vítima explica que o marido de Jully da Gama foi demitido. Ela está internada no Hospital de Base após ser baleada na cabeça por um bombeiro do DF

De acordo com a família, Jully está se recuperando após a cirurgia -  (crédito: Redes sociais)
De acordo com a família, Jully está se recuperando após a cirurgia - (crédito: Redes sociais)
Naum Giló; Darcianne Diogo
postado em 31/01/2024 22:09

Amigos de Jully da Gama Carvalho estão empreendendo uma campanha de arrecadação de recursos para a família da moradora do Riacho Fundo. Na madrugada de domingo (28/1), a maquiadora foi baleada na cabeça após discussão com Andrey Suanno Butkewitsch, segundo-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), autor do disparo, em um bar de Alto Paraíso de Goiás, região da Chapada dos Veadeiros. A jovem segue internada. 

“July é mãe de três filhos, no dia a dia já não é fácil arcar com as despesas e, agora, está mais difícil ainda com toda essa situação”, diz a publicação nos stories do perfil da vítima no Instagram. “Ajudem com o que puder, não há um valor mínimo”, acrescenta o post.

Quem quiser ajudar, pode mandar qualquer valor pela chave Pix 03915633194, em nome da própria July.

Amigos de Jully da Gama pede ajuda para ajudar família da maquiadora que foi baleada na Chapada dos Veadeiros
Amigos de Jully da Gama pede ajuda para ajudar família da maquiadora que foi baleada na Chapada dos Veadeiros (foto: Redes sociais )

Entenda

O crime ocorreu na madrugada de domingo (28/1). O delegado à frente do caso, José Sena, explicou que o militar estava na fila do estabelecimento para efetuar o pagamento e estaria olhando para Jully, o que incomodou o noivo da jovem. O homem, então, resolveu tirar satisfação com Andrey e os dois iniciaram uma luta corporal.

Vídeo obtido pelas câmeras do circuito interno de segurança do bar mostram o momento das agressões. Após o término da briga, Jully, o noivo e os outros dois amigos saíram e foram para o carro para seguirem ao local onde estavam hospedados. “O militar e um amigo foram ao veículo da vítima e o militar efetuou um disparo no carro. O companheiro da vítima só ouviu o barulho e não percebeu nada. No trajeto, percebeu que a vítima estava passando mal e ela chegou a vomitar no carro. Foi quando ele percebeu que a moça havia sido alvejada na parte posterior da região encefálica”, afirmou o delegado.

Prisão

O militar e o amigo foram encontrados em uma caminhonete. Na delegacia, Andrey confessou que houve a discussão e disse ter atirado na intenção de intimidar os envolvidos, mas não para atingir a vítima. No entanto, a polícia entendeu que houve a tentativa de ferir não só Jully, mas os outros três passageiros do veículo. Por causa disso, o bombeiro será indiciado por homicídio qualificado tentado contra as quatro vítimas. “Vamos angariar mais elementos e coletar imagens de monitoramento para saber se houve perseguição por parte do bombeiro contra as vítimas”.

O Correio apurou que o amigo do bombeiro, o advogado Sandro Fleury Batista, também foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.



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