Hospital da Criança

Hospital da Criança de Brasília orienta sobre o risco de engasgar com alimentos

Fonoaudióloga orienta e informa sobre a disfagia. A profissional também comenta sobre casos mais específicos da doença.

Fonoaudiólogas orientando crianças e adultos em relação a disfagia. -  (crédito: Divulgação/ Hospital da Criança de Brasília (HCB))
Fonoaudiólogas orientando crianças e adultos em relação a disfagia. - (crédito: Divulgação/ Hospital da Criança de Brasília (HCB))
postado em 20/03/2024 18:15

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizou uma atividade com crianças e adultos para conscientização e informação do Dia Nacional da Atenção à Disfagia. A ação consiste em alertar sobre a dificuldade de ingerir alimentos, líquidos e saliva e foi realizada, nesta quarta-feira(20/3), no ambulatório do HCB.

Milena Fleury, fonoaudióloga e coordenadora de Reabilitação do HCB, orienta quando o paciente deve procurar um profissional. “Se a pessoa apresentar dificuldade ao engolir, sensação de alimento parado na garganta durante ou após a refeição, tosse ou engasgo, procure um fonoaudiólogo para avaliação da sua deglutição”, afirmou.

A profissional também retrata que casos de engasgo repetidos necessitam de atenção, independentemente da consistência do alimento ingerido. “Disfagia pode estar relacionada a uma alteração neurológica, uma alteração da musculatura da região, fraqueza, rigidez; é importante fazer uma avaliação para checar o motivo dessa alteração. O paciente, muitas vezes, não tem queixa nenhuma, mas a mastigação é ineficiente”, disse.

A garotinha Natasha Alves, de 5 anos, demonstrou interesse pelos diferentes utensílios utilizados pela equipe de fonoaudiólogos, como colheres e copos que facilitam a alimentação. “Uma vez eu engasguei, mas não engasguei tanto, porque, na hora, eu tossi e já melhorou”, disse a menina.

O cuidado referente à disfagia também está ligado ao acompanhamento de crianças que se alimentam via sonda, isto é, um procedimento cirúrgico para levar uma dieta, líquidos e medicamentos pela sonda que é lubrificada e inserida no nariz, passando pela garganta. “Junto com a indicação da via mais segura de alimentação, vamos tentando a reabilitação e liberando a alimentação por via oral até que ela seja segura. Isso pode ser feito exclusivamente por via oral; por via mista, no caso de pacientes que conseguem comer volumes mínimos pela boca e complementar via sonda”, relatou a coordenadora Milena Fleury.

Enzo Ribeiro, de um ano, faz o uso de sonda desde que nasceu, agora, com acompanhamentos dos fonoaudiólogos durante a reabilitação, o menino começou o contato com alimentos para conhecer diferentes texturas e sabores. “O processo de avaliação da disfagia vai muito mais além do ato de só oferecer a comida; temos que respeitar os processos do paciente. Muitas vezes, são crianças em uso prolongado de sonda, não entendem o que é se alimentar”, conta Fleury

A fonoaudióloga completou que é necessário ter paciência e calma. “Respeitamos os limites e acalmamos em caso de choro, para depois retornar. Temos que estimular a parte sensorial para, depois, começar com a oferta da comida, para que seja uma oferta segura, efetiva e prazerosa”.

*Com informações do Hospital de Criança de Brasília (HCB)

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação