
Um cortejo fúnebre, da administração de Brazlândia ao Cemitério da cidade, tomado pela emoção de familiares e colegas de farda, marcou o início do velório do policial militar do Distrito Federal, Adriano Damázio Lopes, 44 anos, que morreu na última quinta-feira (16/1) após inalar fumaça enquanto resgatava pessoas que estavam em um hotel que pegou fogo, em Maceió (AL).
A procissão teve início às 14h e o velório ocorre em seguida. A previsão é que o corpo seja sepultado às 16h30. Familiares e amigos presentes no local estavam extremamente abalados.
Como forma de homenagem, após o sepultamento, haverá uma chuva de pétalas sobre o túmulo, realizada pela aeronave Fênix do Batalhão de Aviação Operacional (BAvOp), conforme informou a corporação. Veja os vídeos.
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O incêndio
O caso ocorreu na madrugada de quinta-feira (17/1). O sargento estava hospedado, junto à família, em um hotel localizado em Pajuçara, em Maceió, Alagoas (AL). Segundo informações do Corpo de Bombeiros do Estado de AL (CBMAL) o incêndio começou no 6° andar do edifício, onde Adriano estava com a família.
O militar ajudou no resgate das vítimas, mas ficou desacordado devido à inalação de fumaça, sofreu uma parada cardíaca e faleceu no Hospital Geral do Estado (HGE). Ele foi encontrado inconsciente no apartamento 603, localizado no sexto andar do hotel.
A Polícia Civil de Alagoas trabalha com algumas linhas de investigação para esclarecer o incidente. Entre as hipóteses, segundo os agentes alagoanos, a principal seria uma pane no ar-condicionado. O problema teria causado um curto-circuito e dado início às chamas. O policial morreu após inalar grande quantidade de fumaça.
Ao Correio, a delegada Luci Mônica Moura Ribeiro Rabelo, chefe do 2º Distrito Policial na capital de Alagoas e responsável pelo caso, informou que: "Os laudos poderão confirmar essa tese", afirmou. "Nós já tomamos o depoimento de três pessoas, inclusive o da esposa da vítima", acrescentou. "Vamos juntar tudo aos autos, além da documentação técnica de avaliação do hotel. Foi um ato de bravura do policial", acrescentou.
Segundo a delegada Luci, o sargento e os familiares passavam sua última noite no edifício, que deixariam na manhã do dia da fatalidade. "Ele e a esposa, que é brigadista, salvaram várias vidas. Estavam para ir embora, inclusive com as malas prontas. É muito triste", lamentou a delegada.