
Os cuidados com doenças infecciosas e os cuidados fisiológicos no carnaval foram temas do programa CB.Saúde— uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta quinta-feira (27/2), que entrevistou Deivson Mundim, diretor técnico do Hospital Anchieta. “A gente tem monitorado os casos de dengue com bastante atenção. Estamos observando um efeito da vacina da dengue que deve controlar os casos de dengue. O grande ponto de atenção para este carnaval são as doenças transmitidas por gotículas de saliva, contato ou infecção por alimentos", afirmou às jornalistas Carmen Souza e Sibele Negromonte.
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O diretor médico ressaltou a importância da vacinação para o período carnavalesco. “Essa data é marcada pela proximidade e o contato que as pessoas têm. A vacinação não previne a doença, ela tem um impacto significativo na gravidade dos casos, reduzindo as taxas de internação e de mortalidade. Quem se vacina contra a covid, pode ter um quadro mais leve, assim como outras doenças como a Influenza A e B e H1N1”, afirma.
Apesar de não terem sido registrados casos de febre amarela no Distrito Federal, o médico ressaltou a importância da vacinação contra a doença para as pessoas que sairão de Brasília para o carnaval. “A vacinação está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). É importante que as pessoas que vão transitar em áreas que registraram casos tenham atenção ao calendário vacinal”, disse.
Sobre as três ondas de calor que atingiram o país nos últimos meses, Deivson faz recomendações para os foliões. “O corpo precisa ter equilíbrio para funcionar. O Centro-Oeste está na curva laranja e aqui em Brasília é um calor sem chuva, que gera secura, desidratando as vias áreas, o que facilita a invasão de agentes infecciosos. É importante comer adequadamente, com frutas e legumes, e manter, durante a folia, uma bebida isotônica. Conciliar a ingestão de álcool com água e manter o sono controlado é fundamental”, afirma.
Outro ponto de cuidado apontado por Deivson é o uso excessivo de energéticos durante a folia. "A principal substância dos energéticos é a cafeína. Temos um caso recente no interior da Bahia de uma menina que teve uma parada cardiorrespiratória por causa desse excesso. Mesmo as pessoas que são saudáveis do ponto de vista cardiovascular têm que consumir de forma moderada", finaliza.
Assista à entrevista completa:
* Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel