
A Polícia Civil elucidou a morte e o esquartejamento de um morador de rua, de 56 anos, no Riacho Fundo. Sidnei Martins de Oliveira foi golpeado com 37 facadas no pescoço e teve o corpo cortado ao meio com uma faca de serra. Depois, colocado em duas caixas e descartado em um contêiner e em um amontoado de lixo. Os autores do crime foram identificados como Gerson de Sousa Basílio, 52, e Augusto César Nunes Romano, 23.
Câmeras do circuito interno de segurança do prédio onde ocorreu o crime, na QN 7, registraram a chegada da vítima e dos dois acusados no prédio, por volta de 3h40 da madrugada. O delegado Johnson Kenedy, chefe da 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo), detalha a dinâmica do ocorrido. De acordo com o investigador, Gerson, mais conhecido como Paraíba, já conhecia a vítima, mas Augusto não.
“Os três estavam ingerindo bebida alcoólica próximo ao Riacho Mall e, na madrugada, decidiram ir a esse apartamento. O imóvel é alugado e era habitado pelo Augusto e por um colega dele. Mas como esse colega ficava mais na casa da namorada, o Augusto estava sozinho”, detalhou o delegado.
As imagens mostram o exato momento em que Paraíba, Augusto e Sidney entram no prédio e vão para o apartamento. Por volta das 9h30, Augusto é flagrado pelas câmeras deixando o imóvel com uma caixa nas mãos. No compartimento estavam as pernas da vítima. Posteriormente, o mesmo autor descartou a segunda caixa, que acomodava o tronco, a cabeça e os braços de Sidney.
O crime
A motivação do crime ainda é nebulosa. Augusto relatou à polícia que a ideia de matar o morador de rua partiu de Paraíba. No depoimento, ele disse que o colega usou a faca para desferir os golpes e esquartejar Sidney. Disse, ainda, que teria apenas lavado o imóvel e descartado as caixas.
Augusto alegou na oitiva que Paraíba teria o obrigado a conseguir as caixas, que já estavam no apartamento. “Os dois saem juntos pela manhã, já depois do assassinato. Eles vão para perto do Riacho Mall e Augusto retorna logo depois, limpa o apartamento e joga as caixas na frente do prédio”, detalhou o delegado.
Após isso, Paraíba vai para a casa, no Riacho Fundo 1, e Augusto se esconde na residência de uma ex-mulher, no Recanto das Emas. Para a polícia, não há dúvidas quanto ao envolvimento dos dois no crime. Paraíba acumula antecedentes criminais por homicídios e crimes no âmbito da Lei Maria da Penha. Os dois vão responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.