CULTURA

Mês do orgulho: espetáculo gratuito traz palhaçaria queer ao Sesc

'Os sonhos de Gaubi Beijodo: A dor e a delícia de ser quem é!' é estrelado pelo ator Hugo Leonardo, um dos pioneiros da palhaçaria queer no Distrito Federal

O ator Hugo Leonardo estará em cartaz no Sesc Presidente Dutra, Asa Sul, com espetáculo de palhaçaria queer -  (crédito: Thiago Sabino)
O ator Hugo Leonardo estará em cartaz no Sesc Presidente Dutra, Asa Sul, com espetáculo de palhaçaria queer - (crédito: Thiago Sabino)

O público brasiliense poderá conferir, no fim de semana de 27 a 29 de junho, o espetáculo inédito e gratuito Os sonhos de Gaubi Beijodo: A dor e a delícia de ser quem é!. A peça, que estará em cartaz no Sesc Sílvio Barbato, na Asa Sul, é estrelada pelo ator Hugo Leonardo, um dos pioneiros da palhaçaria queer no Distrito Federal. A direção é de Denis Camargo, do Coletivo de Artistas BR s.a. A obra tem sessões sempre às 20h, com apresentação especial na sexta-feira (27/6) às 16h que conta com os serviços de acessibilidade de interpretação em Libras e audiodescrição. Os ingressos são gratuitos e estão disponíveis na plataforma Sympla. A estreia da obra é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Distrito Federal.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

O termo queer é usado para se referir às pessoas que não se encaixam nas normas tradicionais de orientação sexual ou de gênero, e é amplamente usado pela comunidade LGBTQIAPN+ em todo o mundo. Em cena, Hugo vai da comédia à tragédia para dar vida a temas como fracasso, inadequação e resiliência. Diante de um armário, ele lida com a sua própria criança, seu palhaço, que se chama Gaubi Beijodo, a sua drag queen Madame Esfíncter, e ainda o personagem Místico. Com todas essas personas, o artista transforma em espetáculo seus medos e sonhos, conectando questões íntimas a experiências universais da condição humana. "É uma peça de humores, e não propriamente de comédia, porque existem alternâncias de estados e ânimos. E é um número de palhaçaria, mas não só, porque é um híbrido do que sou como artista de forma mais ampla", explica o ator, no auge dos seus 24 anos de carreira.

Para o diretor, o espetáculo é uma oportunidade de conhecer profundamente um artista local. "Estamos falando de um ator super potente que traz questões universais, inclusive o desejo natural que todas as pessoas têm de querer se divertir mesmo em um momento de crise, a necessidade de reencontrar a ligação com a alegria. E tudo nessa montagem está no trânsito entre o trágico e o cômico, entre a experiência fervorosa e a leveza da inocência. Não é uma idiotice nem uma coisa banal, pelo contrário, vai ser um espetáculo contundente que vai fazer rir em vários momentos", defende Camargo. 

postado em 24/06/2025 14:32
x