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"Apenas 52% das comarcas têm atendimento da Defensoria Pública", diz Anadep

Presidente da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos falou sobre os desafios de ampliar o acesso à Justiça

 03/07/2025 Bruna Gaston CB/DA Press. CB Poder, Fernanda Fernandes. Na bancada Carlos Alexandre de Souza e Sibele Negromonte
       -  (crédito:  Bruna Gaston CB/DA Press)
03/07/2025 Bruna Gaston CB/DA Press. CB Poder, Fernanda Fernandes. Na bancada Carlos Alexandre de Souza e Sibele Negromonte - (crédito: Bruna Gaston CB/DA Press)

Presidente da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos (Anadep), Fernanda Fernandes participou da edição desta quinta-feira (3/7) do CB.Poder especial — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. Aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Sibele Negromonte a representante dos defensores públicos falou sobre os desafios de ampliar o acesso à Justiça. "Apenas 52% das comarcas do país têm atendimento da Defensoria Pública. É um cenário que nos traz preocupação", disse.

Fernanda ressaltou que a Anadep representa defensoras e defensores públicos de todos os estados brasileiros e atua não apenas na defesa de interesses corporativos, mas também na promoção do acesso à Justiça. “Temos uma missão constitucional e humanitária de levar o acesso à Justiça, esse que é um direito previsto na Constituição e na Declaração Universal de Direitos Humanos”, afirmou.

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Questionada sobre a estrutura da Defensoria Pública no país, a presidente destacou que pouco mais da metade das comarcas brasileiras contam com atendimento defensorial. “É um cenário que nos traz preocupação e uma emergência de políticas que possam mudar essa realidade. Estamos em um país que vem de um contexto histórico de violência, e isso traz para a gente uma emergência de resultados, como o direito de acesso à escola, à alimentação e ao saneamento”, pontuou.

Um dos focos da atuação da Anadep neste ano é o combate à desigualdade ambiental. Com a campanha Justiça Climática, a entidade busca destacar os impactos da crise ambiental sobre as populações mais vulneráveis. “O nosso olhar com essa campanha é trazer a centralidade do ser humano, aquele que já é mais vulnerável”, explicou. Fernanda lembrou que a iniciativa dá continuidade a outras ações da associação em temas sensíveis como o racismo e a proteção de mulheres e crianças.

Assista à entrevista completa abaixo

DC
postado em 03/07/2025 16:17
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