Feminicídio

PM de folga que prendeu feminicida narra momento de tensão: "Escutei os gritos"

O feminicídio ocorreu no começo da tarde desta terça-feira (29/7), em plena luz do dia e em meio ao público. A vítima foi identificada como Cheryla Carvalho, 44 anos

 29/07/2025 Bruna Gaston CB/DA Press. Feminicídio em Samambaia
       -  (crédito:  Bruna Gaston CB/DA Press)
29/07/2025 Bruna Gaston CB/DA Press. Feminicídio em Samambaia - (crédito: Bruna Gaston CB/DA Press)

O soldado da Polícia Militar (PMDF) Marcos Bontempo, responsável pela prisão do homem acusado de assassinar a namorada no estacionamento de uma academia em Samambaia, contou ao Correio os detalhes da ocorrência, desde os primeiros socorros à vítima, identificada como Cheryla Carvalho, 44 anos, à captura do autor, João Paulo Silva Matos, 35.

O feminicídio ocorreu no começo da tarde desta terça-feira (29/7), em plena luz do dia e em meio ao público. O soldado estava de folga e malhava na academia Corpo e Saúde, quando escutou gritos de populares vindos do estacionamento do estabelecimento. “Corri e avistei as pessoas pedindo socorro. Notei que tinha uma mulher ferida, muito ensanguentada ao chão. Fiz contato com o Corpo de Bombeiros, me identificando como policial e passei a situação do estado da vítima”, detalhou.

Enquanto aguardava a chegada do socorro, o policial recebeu informações de testemunhas sobre o que teria ocorrido. Populares passaram ao PM o perfil do autor, tais como características físicas e vestimentas. Marcos saiu do local e seguiu até a suposta direção de João Paulo. Na esquina, o encontrou cercado de populares. “Como as características batiam, eu dei voz de prisão e, lá, foi apreendida a arma do crime, uma faca”, frisou.

O crime


Segundo familiares da mulher, João Paulo tinha antecedentes criminais graves, incluindo uma prisão anterior por tentativa de latrocínio. Fábio Carvalho, irmão de Cheryla, relatou que o homem também já havia respondido por outro homicídio. “Ninguém da família apoiava essa união dela. Ele nunca demonstrou agressividade na nossa frente, mas sabíamos com esse histórico, não tinha como acabar bem”, contou.
Segundo os relatos, o casal costumava se encontrar na rua, já que Cheryla morava com a mãe e os familiares não permitiam a presença do agressor dentro de casa. No dia do crime, os dois teriam discutido antes de João Paulo golpear Cheryla com uma faca no pescoço e na barriga. A vítima morreu ainda no local. Preso em flagrante, João Paulo agora deve responder por feminicídio.

 

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postado em 29/07/2025 19:41
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