
O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, falou nesta segunda-feira (11/08), ao CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília —, sobre a proteção institucional à Praça dos Três Poderes. Ele destacou que o local tem elementos democráticos de suma importância para a população. Às jornalistas Ana Maria Campos e Sibele Negromonte, Grass comentou o processo contra Jair Bolsonaro e definiu como "lamentável" a postura do ex-presidente, de não concordar com as decisões judiciais.
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Para o presidente do Iphan, o momento político do país é delicado, por causa dos desdobramentos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, e o risco de novos ataques ou manifestações é motivo de preocupação. “A Praça dos Três Poderes se tornou um ambiente de risco após o 8 de janeiro. O posicionamento do Iphan é sempre de defesa da praça enquanto espaço cidadão, espaço popular”, afirmou.
Devido aos atos, alguns palácios colocaram grades em volta das construções, evitando a proximidade com turistas. Segundo Grass, cabe ao Governo do Distrito Federal (GDF) garantir a segurança pública e permitir a presença popular. “O Iphan não entra nessa parte de segurança pública. A nossa defesa é para o patrimônio, para os bens culturais”, disse.
Ainda sobre as grades, o presidente do Iphan acredita que a Praça deve ser livre, fazendo jus ao seu projeto original. “Entendemos o lado dos palácios. Mas ao mesmo tempo que as grades sinalizam algum sentimento de segurança, também afastam os civis. Nossa defesa institucional é que a praça precisa ser livre. Queremos a praça para o uso das pessoas”, comentou.
Processo legal
Com relação aos processos contra Bolsonaro, Grass destacou que "é lamentável que ele e a família não respeitem as decisões da Justiça". "Há um processo legal acontecendo. A defesa está tendo oportunidades para apresentar argumentos contra as decisões”, falou. Grass ressaltou que a esquerda sempre respeitou decisões judiciais. “Nunca ameaçamos ministro algum. Sempre respeitamos e, se não concordamos com a decisão, procuramos meios legais para protestar”, ressaltou.
Assista à entrevista completa
*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho
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