
O irmão de uma das vítimas fatais do incêndio que atingiu da Comunidade Terapêutica Liberte-se na madrugada deste domingo (31/8), classificou como "péssimas" as condições estruturais do lugar e denunciou supostos abusos praticados contra os internos. G.C.S, de 24 anos, que é interno de outra clínica do mesmo grupo, disse que episódios de agressões físicas e psicológicas são frequentes. “Eles (os funcionários), amarram internos e agridem. Quando a gente não quer fazer algo, eles falam para família que a gente não tem condições para sair da clínica”, revelou.
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Na deste domingo (31/08), os familiares da vítima foram à 6° Delegacia no Paranoá, responsável pela investigação do caso, para cobrar justiça. Ainda em choque pela morte do filho, o pai de João Pedro, Dione da Silva Oliveira, disse que a clínica não avisou sobre o incêndio. “Eles mandaram mensagens no grupo (do WhatsApp) como se nada tivesse acontecido”, disse.
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Dione mostrou as mensagens, nas quais o incêndio só foi comentado horas depois. O pai acredita que a administração da clínica escondeu o caso. “Eles não nos falaram nada, só fomos tomar conhecimento pela manhã”, completou.
Após o incêndio, os internos foram liberados para passar o restante do fim de semana em casa. "Eles falaram para arrumarmos nossas coisas que seríamos liberados. E ainda nos orientaram a não falar com ninguém sobre o incêndio”, relatou G.C.S, interno da clínica da mesma rede, que fica localizada no terreno ao lado da Liberte-se.
Ao Correio, Douglas Costa, sócio de uma das clínicas da mesma rede, desmentiu que tenha dado essas orientações aos internos. Em seguida interrompeu a conversa dizendo que não poderia falar mais porque estava cuidando dos feridos.
Cidades DF
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