
Um dia após familiares e amigos se despedirem de Danielle Mansur Guimarães, que perdeu a vida em um acidente na BR-040, a Organização Não Governamental (ONG) Toca Segura, da qual a ativista era vice-presidente, plantou um ipê amarelo em sua homenagem. Um bilhete deixado junto à árvore dizia: "Sua voz e energia continuam vivas em cada raiz, em cada folha, em cada sopro de vida… Você floresce em nós".
Dani, como era conhecida, foi vítima de um colisão frontal trágica na tarde da última sexta-feira (5/9). A defensora dos animais, que tinha 50 anos, ficou presa às ferragens de seu veículo após bater em uma carreta, em Luziânia, e faleceu ainda no local do acidente. Ela estava a caminho do sepultamento do sogro em Minas Gerais, acompanhada de seus três cães de estimação, Ziggy, Leo e Peppa, que também morreram.
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Ao Correio, a protetora de animais e amiga de Dani, Viviane Pancheri, 42, falou sobre o legado da colega. "Ela era um dos pilares mais importantes do Toca, onde estava desde o princípio. Dani tinha uma cadelinha idosa, um cão hiperativo e outro com leishmaniose, os perfis que ninguém quer adotar, mas ela amava", contou, bastante emocionada.
"Somos muito sozinhos na proteção animal. São pouquíssimas pessoas em defesa da causa. E o pouco que a gente tem, estamos perdendo. Esperamos que a luta dela não seja em vão e que as pessoas ainda possam defender as criaturas que não têm voz. Só temos a agradecer a Dani", completou Viviane.
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Danielle Mansur era advogada especialista em direito animal e foi cofundadora e ativista da organização não governamental de proteção animal Toca Segura. Moradora de Águas Claras, era fã de maratonas, carnaval, viagens e boas leituras. Recém-ingressa no mestrado acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília (UnB), ela propunha uma análise bioética da luta pelo direito animal.
"Ela estava com vários projetos em andamento. Estava feliz, passando pelo melhor momento de sua vida", diz a amiga. O cuidado e amor pelos bichos permeava o trabalho e a vida pessoal. Tornou-se a sina de Dani. "Que São Francisco de Assis a receba de braços abertos, junto com seus filhos, e que olhe por nós agora", finaliza a protetora.
A advogada foi velada e sepultada no Memorial Jardim dos Ipês, em Patrocínio (MG). Ela deixou o esposo, Luciano Ramos Porto; os pais, Hebe e Gilberto; e os irmãos, Rodrigo e Diego.
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