A educação profissional tem se mostrado uma ferramenta essencial para a inclusão produtiva de jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade social, preparando-os para o mercado de trabalho por meio de uma formação prática, técnica e alinhada às necessidades reais das empresas. Dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) indicam que a taxa de inserção no mercado de trabalho chega a 85% entre jovens aprendizes que participam dos cursos oferecidos pela instituição. "A partir do momento que a pessoa tem esse conhecimento, ela consegue trabalhar, ou seja, ser empregada e já chegar na empresa executando atividades, o que gera ganho imediato de produtividade para todos os envolvidos", destacou Vitor Corrêa, diretor Regional do Senac.
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A educação profissional, segundo Corrêa, não se limita a facilitar a entrada no mercado de trabalho. Ela também promove a continuidade e o crescimento na carreira dos profissionais. "Dos alunos que já estavam trabalhando quando ingressaram no curso, 38% progrediram no trabalho e 65% mantiveram a atividade laboral, adquirindo novas habilidades e competências", explicou. Além disso, 51% daqueles que tinham algum tipo de empreendimento alcançaram maior autonomia profissional após a formação.
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Esses dados e perspectivas se conectam diretamente ao CB Fórum Educação Profissional e o Mercado de Trabalho, promovido pelo Correio Braziliense no dia 9 de setembro. O evento tem como objetivo discutir os caminhos para uma qualificação mais eficaz, ágil e conectada com as demandas do mundo do trabalho, reunindo especialistas e autoridades para debater os desafios e as oportunidades do setor.
O fórum será mediado pela colunista do Correio, Samantha Sallum, e pela coordenadora de produção do Correio Braziliense, Adriana Bernardes. Entre os painelistas confirmados estão a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, o secretário de Educação Profissional e Tecnologia, Marcelo Bregagnoli, e o presidente do Sistema Fecomércio DF, José Aparecido Freire. A participação é gratuita e ainda conta com 30 vagas disponíveis. Para participar, basta retirar o ingresso no Sympla. O evento será realizado no prédio do Correio Braziliense, no Setor de Indústrias Gráficas, e tem apoio do Senac e da Fecomércio.
No Distrito Federal, o Senac tem ampliado sua atuação para atender a demanda crescente por qualificação profissional, investindo em infraestrutura moderna, atualização constante dos cursos e metodologias que unem teoria e prática. A combinação busca garantir que os alunos não apenas aprendam conceitos, mas saibam aplicá-los em situações reais de trabalho. "Nosso compromisso é formar profissionais preparados para os desafios do mercado, com competências técnicas e socioemocionais, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região", afirmou o diretor.
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Em concordância, a Fecomércio DF reforça que a educação profissional e o mercado de trabalho precisam caminhar juntos para garantir que a formação oferecida esteja sempre atualizada e alinhada às demandas reais das empresas. "Trabalhamos para que os cursos do Senac DF estejam sempre conectados com as necessidades do comércio, serviços e turismo, formando profissionais prontos para atuar e crescer nessas áreas", afirma a entidade.
Para os próximos anos, a Fecomércio destaca que o mercado exigirá dos profissionais uma série de competências essenciais para enfrentar as rápidas transformações do mundo do trabalho. Entre elas, a capacidade de adaptação e o aprendizado contínuo são fundamentais, já que as mudanças tecnológicas e econômicas ocorrem em ritmo acelerado. Além disso, a resolução de problemas, o domínio de competências digitais e as habilidades socioemocionais — como comunicação eficaz, empatia e trabalho em equipe — serão diferenciais indispensáveis para quem deseja se destacar e crescer na carreira.
Com as transformações trazidas pela automação e pela inteligência artificial, a estratégia da Fecomércio é dupla: requalificar os trabalhadores que já estão no mercado e preparar as novas gerações para as áreas emergentes. "O Senac DF tem ampliado cursos voltados à tecnologia, mas também à formação humana, porque acreditamos que a inteligência artificial não substitui a criatividade, o relacionamento e a capacidade de inovação das pessoas", ressaltam os representantes da entidade.
Entre os principais desafios para a geração de empregos de qualidade no Brasil, a Fecomércio aponta a soma de fatores, como burocracia excessiva, baixa produtividade, obstáculos na infraestrutura e a falta de qualificação adequada.
Investir em educação profissional é, segundo a entidade, um caminho necessário para aumentar a competitividade do país e transformar esse cenário. Para isso, a Fecomércio mantém diálogo constante com o governo, defendendo pautas como a ampliação do acesso à educação profissional, a garantia de recursos para programas de capacitação, a redução da burocracia que dificulta o setor e a valorização do aprendizado prático. "Investir em qualificação é investir no futuro do país", conclui.
