CB.DEBATE

Celina Leão reafirma compromisso de zerar fila de mamografias

Parceria do GDF com a iniciativa privada vai reduzir a espera de mulheres que aguardam pelo exame. Celina Leão participou do CB.Debate — Câncer de mama: uma rede de cuidados, realizado pelo Correio Braziliense na tarde desta quarta-feira (1º/10)

Celina Leão (PP) afirmou que o programa
Celina Leão (PP) afirmou que o programa "O câncer não espera" vai zerar a fila da mamografia na rede pública de saúde do DF - (crédito: Fotos: Ed Alves CB/DA Press)

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou, nesta quarta-feira (1º/10), que o programa "O câncer não espera" vai zerar a fila da mamografia na rede pública de saúde do DF. O anúncio foi feito durante a participação de Celina Leão no CB.Debate — Câncer de mama: uma rede de cuidados, realizado pelo Correio Braziliense na tarde de quarta-feira. O evento foi apresentado pelas jornalistas Carmen Souza e Sibele Negromonte.

O programa é uma parceria da Secretaria de Saúde do DF (SES) com o laboratório Sabin e o Banco de Brasília (BRB). "Vamos zerar a fila de mamografia", garantiu. "A prevenção é o caminho certo, principalmente no caso do câncer de mama", disse a vice-governadora. "Se detectado no início, o grau de recuperação é de até 90%", destacou Celina.

Ela anunciou que, por meio do programa, o tempo de espera para quimioterapia na rede pública do DF também está diminuindo. "Hoje, as pessoas esperam entre 15 e 18 dias, entre o diagnóstico e o início do tratamento. Queremos diminuir esse tempo ainda mais, para uma semana no máximo. Antes, a fila era de três a quatro meses, pois tínhamos uma demanda maior do que a oferta — a nossa rede está estrangulada por conta dos atendimentos de alta complexidade", contou.

Como exemplo da alta demanda de exames e tratamentos para o câncer de mama no Distrito Federal, Celina mencionou estatísticas de 2023. "Só aqui, no DF, foram diagnosticados 1.030 novos casos, sendo que 618 pacientes precisaram de rádio ou quimioterapia. Isso mostra que é preciso discutir, de forma mais rápida, a questão do tratamento e prevenção", detalhou.

A necessidade de fazer os exames preventivos, principalmente o autoexame, foi outro ponto ressaltado pela vice-governadora durante o CB.Debate. "Muitas mulheres nunca fizeram o autoexame. Há uma dificuldade de conscientização por causa do preconceito enraizado na sociedade", lamentou. 

Apelo ao cuidado

A secretária da Mulher do DF, Giselle Ferreira, também participou do debate e ressaltou a importância de promover a prevenção em todas as áreas da vida da mulher. "Precisamos viver em um mundo que foque na prevenção. Nosso trabalho, na Secretaria da Mulher, enfatiza tanto a prevenção à violência de gênero quanto a prevenção de doenças", afirmou.

 

Secretária da Mulher do DF, Giselle Ferreira faz apelo à prevenção e cuidado
A secretária da Mulher do DF, Giselle Ferreira, ressaltou a importância de promover a prevenção em todas as áreas da vida da mulher (foto: Ed Alves)

Giselle destacou ainda que o autocuidado deve ser permanente, mas ganha reforço durante o Outubro Rosa. "A prevenção é o melhor caminho, porque nos permite identificar qualquer tipo de doença logo no início. Neste mês, o foco está no câncer de mama, e abrimos este evento com chave de ouro para alcançar as mulheres e lembrá-las da importância de buscar a prevenção e cuidar de si. A Secretaria da Mulher atua de janeiro a janeiro, mas em outubro intensificamos essa pauta de saúde", enfatizou. "A informação é muito importante salva a mulher e leva até ela os meios para que ela possa perceber os sinais", finalizou Giselle. 

Papel social

O presidente do Correio Braziliense, Guilherme Machado, destacou o papel social do jornal na conscientização para a prevenção de doenças, como o câncer de mama. "Essa doença destrói vida de mulheres e tem uma prevenção tão simples. Mais uma vez, o Correio e os Diários Associados cumprem o seu papel social de debater, de orientar e incentivar as mulheres a fazerem os exames preventivos do câncer de mama", afirmou o presidente.

"O câncer de mama é uma doença evitável, por isso, fizemos questão de juntar essa equipe de especialistas para conscientizar o público feminino da necessidade do autoexame" ressaltou.

O presidente do Correio Braziliense, Guilherme Machado, destacou o papel social do jornal na conscientização para a prevenção de doenças
Guilherme Machado, presidente do Correio Braziliense, destacou o papel social do jornal (foto: Ed Alves/CB/DA Press)

 

O câncer não espera

Mencionado pela vice-governadora Celina Leão no CB. Debate, o programa "O câncer não espera, o GDF também não" foi lançado em julho deste ano e promete a ampliação dos acessos a diagnósticos e tratamentos oncológicos na rede pública do DF. 

Externamente, o GDF complementou os serviços oncológicos com o credenciamento da rede privada e ampliou as unidades de atendimento para oito. O credenciamento de clínicas e hospitais especializados teve início em maio. Foram investidos mais de R$ 14 milhões para permitir que pacientes na fila de espera pudessem começar o tratamento.

Segundo a SES-DF, em março, a fila de espera era de 1.519 pessoas, sendo 889 pacientes da oncologia e 630 pacientes da radioterapia. Com as novas medidas adotadas, até julho, houve uma redução para 1.084 pacientes — o que representou a queda de 25% no número de pacientes na oncologia, um total de 669, e 34% na radioterapia, com 415. Além disso, houve uma diminuição nos dias de espera, de 74 para 51 na fila oncológica, e de 54 para 30 na fila radioterápica, quedas de 31% e 44%, respectivamente.

Os pacientes oncológicos são classificados na lista de prioridade por meio de um carteirinha e encaminhados a uma fila única, que é coordenada pela Central de Regulação Unificada. Essa classificação permite uma jornada prioritária dentro da rede pública, que se inicia na triagem com oncologista para inclusão qualificada, segue para consulta com especialista com indicação de exames complementares, até chegar ao tratamento ativo, com início do primeiro ciclo, e encaminhamento para cirurgia, radioterapia ou acompanhamento.

O autoexame

O autoexame citado pela vice-governadora Celina Leão é o toque realizado pelas mulheres nos próprios seios para detectar alterações que mereçam atenção. Especialistas recomendam que seja feito mensalmente, alguns dias após o fim da menstruação. Para mulheres que já passaram pela menopausa, o ideal é escolher um dia fixo no mês para fazê-lo. 

O ideal é realizar o toque nos seios com a mão oposta, utilizando os dedos para apalpar a mama com movimentos circulares, explorando todo o seio até a axila, sempre atentas ao surgimento de possíveis nódulos ou alterações na estrutura da mama. 

Especialistas destacam, entretanto, que o autoexame não substitui a mamografia. O exame pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir dos 40 anos, com pedido médico. A partir dos 50, qualquer mulher pode chegar e realizar o exame em qualquer unidade da rede pública de saúde.

 

 

  • Guilherme Machado, presidente do Correio Braziliense, destacou o papel social do jornal
    Guilherme Machado, presidente do Correio Braziliense, destacou o papel social do jornal Foto: Ed Alves/CB/DA Press
  • A secretária da Mulher do DF, Giselle Ferreira, ressaltou a importância de promover a prevenção em todas as áreas da vida da mulher
    A secretária da Mulher do DF, Giselle Ferreira, ressaltou a importância de promover a prevenção em todas as áreas da vida da mulher Foto: Ed Alves
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postado em 02/10/2025 04:00
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