
A oferta de cursos e de oficinas para formar novos profissionais e o investimento no empreendedorismo feminino foram alguns dos temas abordados pela superintendente regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Distrito Federal, Rose Rainha, convidada desta terça-feira (7/10) do CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida às jornalistas Ana Maria Campos e Mariana Niederauer.
Como funcionam os cursos de empreendedorismo do Sebrae nas escolas?
Temos, hoje, o Programa de Educação Empreendedora (PNEE), que oferece formação para alunos, professores e acompanhamento para gestores. Este ano já passaram pelo projeto quase 600 mil pessoas. São vários tipos de capacitação, de duas a 800 horas de duração, como o curso de extensão que forma o aluno em marketing ou administração. É muito interessante ver o desenvolvimento e poder trabalhar esses jovens, desde o início, com habilidades empreendedoras. O aluno aprende todas as matérias básicas, até o conceito das empresas, e vai trabalhando em startups.
Os aprendizados do curso podem ser utilizados em outras formações?
Sem dúvida. O aluno vai aprender todas as habilidades que o empreendedorismo exige. Conseguimos ver a diferença do aluno, como ele tem uma postura diferente daquele estudante tradicional. Porque, no curso, ele é levado a falar, a trabalhar em grupo, a pensar, a montar uma empresa, a reconhecer os problemas.
Como as pessoas podem procurar o Sebrae para se inscrever nos cursos?
O Sebrae possui uma gama de cursos no portal, onde a pessoa pode adquiri-los e fazer sua inscrição. O curso de empreendedorismo, por exemplo, é na Secretaria de Educação e foi o segundo mais procurado este ano.
Os empreendedores podem procurar o Sebrae para atendimento presencial ou consultoria?
Sim. Temos o 0800, que funciona 24 horas por dia, sete dias da semana. O empreendedor vai conversar e ser encaminhado para um consultor e marcamos a visita, se necessário. Muitas vezes, ali mesmo, a dúvida ou o encaminhamento é feito e não precisa do presencial.
Além desse projeto, o que a senhora destaca de novidade em sua gestão?
Esse é um dos projetos que começamos a trabalhar como diretoria técnica, na gestão passada. Mas crescemos muito e, realmente, vemos o futuro ali, com esses jovens. Percebemos a transformação e entendemos que até o Sebrae vai precisar se remodelar, porque teremos empreendedores melhor formados, preparados e os problemas serão outros. Estamos trabalhando intensamente com educação e empreendedorismo feminino. Atualmente, desenvolvemos um trabalho em todas as regiões administrativas. Iniciamos com uma grande pesquisa, primeiro qualitativa e depois quantitativa, buscando entender as dificuldades dessas mulheres para empreender, conversando com empresárias e empreendedoras. Depois, seguimos para um fórum no qual 90 especialistas debateram e indicaram algumas posturas e agendas que deveriam ser implementadas como políticas públicas. Atualmente, o Sebrae tem trabalhado em parceria com o governo e com o Legislativo para suprir demandas e transformar o ambiente de negócios. Neste momento, estamos em diálogo com as empresárias nos territórios. Realizamos 13 encontros e teremos mais três até o fim do ano. Na próxima segunda-feira, estaremos em Vicente Pires; no dia 29, em Sobradinho; e em 18 de novembro, em Ceilândia para conversar com essas mulheres e levá-las ao palco para que compartilhem suas histórias e experiências.
No início desta semana, o Sebrae concedeu o Prêmio Brasília de Artesanato. Como foi o evento?
Esse é um prêmio que o Sebrae realiza em parceria com o BRB e com o Governo do Distrito Federal, para dar visibilidade aos artesãos de Brasília, que muitas vezes permanecem no anonimato. É impressionante como nos surpreendemos com a qualidade dos trabalhos apresentados. É possível identificar, mesmo sendo uma cidade jovem, uma identidade própria nas obras desses artesãos. Brasília possui, sim, uma identidade expressa nesses trabalhos e são peças lindas. Reunimos a cultura do Brasil inteiro dentro do nosso quadradinho e o resultado são trabalhos lindos. Nesta segunda-feira (6/10), tivemos a felicidade de premiar esses artesãos em três categorias.
Assista à entevista completa
*Estagiária sob supervisão de Eduardo Pinho
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