
Gisèle Loïse Portinho Serzedello Corrêa, mais conhecida como Gisèle Santoro, bailarina, coreógrafa e professora que fez parte da história de Brasília, faleceu na noite desta quinta-feira (9/10), aos 86 anos. A artista estava internada no Hospital Santa Helena, na Asa Norte.
Em janeiro, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) homenageou os 70 anos de carreira da bailarina com uma mostra comemorativa. Gisèle, nascida no Rio de Janeiro, foi fundadora do Seminário Internacional de Dança de Brasília e criadora da Mostra de Dança de Brasília.
Antes de vir para a capital federal, Gisèle se formou na Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, hoje chamada de Escola Maria Olenewa, aos 19 anos de idade.
A coreógrafa chegou a Brasília em 1962, à convite da russa Eugenia Feodorova, criadora da Fundação Brasileira de Ballet. Aqui, conheceu Cláudio Santoro, com quem viria a se casar ainda nos anos 1960.
Juntos, participaram de missões internacionais de doação de instrumentos, gravações e partituras para o recém fundado Departamento de Música da Universidade de Brasília (UnB).
Em 1966, o casal voltou ao Rio de Janeiro após militares invadirem o apartamento onde viviam na capital. Na sequência, já com dois filhos, o casal parte para o exílio. Depois de passarem pela Berlim Ocidental e Paris, ambos se alocam na Alemanha, em 1970. Lá, a coreógrafa passa sete anos no Teatro Municipal de Heidelberg, e funda uma escola de dança.
Gisèle só voltaria ao Brasil em 1978, quando recebeu o convite para inaugurar o Teatro Nacional em Brasília e ajudar a estabelecer a orquestra, coro e outros departamentos da instituição junto ao marido.
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Na ocasião da homenagem no CCBB, Gisèle foi entrevistada pelo Correio e descreveu a oportunidade de celebrar os 70 anos de carreira com uma mostra comemorativa como uma “emoção indescritível”.
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