
A manhã ensolarada deste domingo (12/10) foi palco de um encontro de gerações registrado no Correio. Eduardo Nascimento, 37 anos, vencedor da 5ª edição da Marotinha, em 1996, assistiu o filho, Heitor, de 10, se preparar para a largada desta edição de 2025. Quase trinta anos antes, era o pai quem estava ali, um menino de oito anos, com o mesmo brilho nos olhos, pronto para correr e fazer história.
Naquele dia, Eduardo venceu a categoria e ganhou uma bicicleta. Como ele já tinha uma, fez questão de presentear à mãe, Fany Alves, com o prêmio recebido das mãos do assessor institucional do Correio, Miguel Jabour, na época, gerente de vendas. O gesto simples virou lembrança de família. Fany guardou a edição do Correio Braziliense que trazia a foto do filho recebendo o prêmio. Neste sábado, a avó de Heitor fez questão de levar o jornal e exibir, orgulhosa, como quem carrega um troféu.
“Esse jornal é uma lembrança que a gente nunca deixou desaparecer. O Eduardo ganhou a corrida, ganhou a bicicleta, mas o que ficou mesmo foi o registro. Hoje ver meu neto aqui, no mesmo lugar, é como se a história se repetisse com novas pernas”, contou Fany, emocionada.
Eduardo, que continua correndo até hoje, diz que o esporte é uma das formas que encontrou para lidar com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que também compartilha com o filho. “Correr me ajuda a viver melhor. E ajuda o Heitor também. Ele é muito ligado à tecnologia, e o exercício equilibra tudo isso. Ele é ansioso como eu, e isso nos ajuda a lidar com as emoções”, explicou o pai, com o mesmo sorriso que estampava o jornal de quase três décadas atrás.
Parte de Brasília
A Marotinha é organizada pelo Correio Braziliense e integra o calendário esportivo da capital desde 1992. Ao longo desses anos, a corrida já reuniu mais de 45 mil corredores mirins.
Criada em 12 de outubro de 1992, a Marotinha nasceu do desejo de incluir as crianças nas atividades da Maratona de Brasília, realizada em 21 de abril daquele ano — até então voltada apenas para adultos.
Como os pequenos não podiam participar dos 5 km da prova principal — já que a Federação Brasiliense de Atletismo permitia apenas maiores de 14 anos em competições de média e longa distância —, os organizadores decidiram criar uma corrida específica, com distâncias reduzidas e adequadas à idade, no Dia das Crianças.
Cidades DF
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