
Fundada em 1960, a granja da família do pioneiro Inezil Penna Marinho deu origem ao Parque Três Meninas. O terreno, que, na época ainda era considerado de Taguatinga. No fundo da propriedade, Marinho construiu três casas para suas três filhas: Zilta, Marine e Martita. Após o falecimento de Inezil, em 1987, o local retornou para a posse do governo do Distrito Federal (GDF), quando começou a sediar a Administração Regional de Samambaia dois anos depois, logo depois de a região administrativa ser oficialmente criada. O parque abriu os portões de forma oficial em 1993 e, desde então, continua reunindo famílias que formam laços e frequentam o parque de geração em geração.
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João Batista dos Santos Silva, de 58 anos, mora em Samambaia desde a fundação, em 1989, relata um carinho especial pela cidade. "Samambaia é uma cidade diferente das outras. Sempre foi", afirmou. Silva criou quatro filhos na cidade e aproveita o tempo livre da aposentadoria para levar as cinco netas para passear no local. "Tem muita opção de diversão para as crianças. É um local muito bom para passear com os familiares", afirmou. Segundo ele, Samambaia reúne características importantes para residir. "A cidade é muito boa para morar. Tudo que você precisar, encontra aqui. Os moradores não precisam sair daqui para procurar diversão, comércio ou educação em outras cidades", acrescentou.
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No dia ensolarado, as cinco netas de João Batista estavam divididas entre brincar e procurar árvores para pegar manga. Entre as atividades favoritas da pequena Sophia Emanuelle, 9, passear no parque é indispensável. "Eu gosto muito de passar a tarde aqui. Ele possui várias opções de lazer e é um espaço que também dá para aproveitar a natureza", contou. Sua prima, Anny Beatriz, 6, ressaltou a importância do parque para as crianças. "Ter um parque para brincar e se encontrar com os amigos é muito bom. Nem precisamos gastar dinheiro para nos divertir", disse.
Laços familiares
Wendell Salles, 29, mora na cidade desde 2006. Ele afirma ter presenciado a evolução na cidade que, inclusive, foi refletida na valorização dos lotes. "A cidade cresceu muito. O metro quadrado está muito valorizado, eu acredito que também seja importante para a valorização de Samambaia. Atrai mais investimento e pessoas para morar na cidade", ressaltou.
Salles contou que é um frequentador assíduo do parque e avalia que o local passou por uma série de melhorias. "Eu vejo que ele mudou da água para o vinho. Foi uma melhora de 100%. Quem conhece ele há 20 anos sabe o que estou falando. É um local que possui muita opção de lazer, atividade física e fica perto de tudo. É um espaço seguro para famílias que queiram aproveitar um momento ao ar livre. Podemos dizer que é o coração da cidade", relatou. Agora, com família formada, pretende transmitir o legado para os filhos. "Eu trazia minha filha mais velha para cá. Hoje tenho um caçula e pretendo continuar criando laços e memórias com eles aqui", acrescentou.
Wendell, ao lado da companheira, Thatiana Jéssica, 33, disse que se mudou para a cidade depois do primeiro filho. Thatiana gosta de curtir o parque. "Sempre a gente se reunia com amigos para jogar vôlei, para dançar e para confraternizar a amizade mesmo. Atualmente, vejo que o parque ficou melhor. Tem mais opções para os moradores e as pessoas que vêm visitar. É uma maravilha ter esse parque perto de casa", disse.
Maria Clara, de 13 anos, e sua avó, Ednaide Santos Rodrigues, 68, são assíduas frequentadoras do parque. A adolescente afirma que o local faz parte de sua vida. "Eu sempre venho aqui para jogar vôlei, brincar e encontrar meus amigos. É muito bom poder frequentar um lugar cheio de natureza que fica tão perto de casa", relatou.
Piquenique é outra atividade que a menina realiza no local. Para ela, o parque possui o ambiente perfeito para aproveitar os fins de semana. "Esse local está no meu coração, assim como a cidade inteira. Muitas vezes, me reúno com meus amigos para lanchar no parque e aproveitar a sombra das árvores", ressaltou.
Ednaide, a avó, mora na cidade desde a sua, em 1989. Por causa disso, conhece o parque há bem mais tempo que a neta. Apesar de ainda achar o parque uma boa programação para os moradores de Samambaia, ela disse sentir saudades das outras atividades que eram realizadas no espaço. "Antigamente, havia sessões de cinema para as crianças e possuía uma piscina pública. Apesar de não ter mais, ainda é uma espaço maravilhoso para frequentar", acrescentou.
Para o futuro, ela espera que o parque fique com ainda mais árvores. "Poderia ter árvores frutíferas e em muitas quantidades. Seria uma boa opção para os moradores, ia deixar o parque ainda mais bonito e iria atrair mais visitantes", disse.
O Parque Três Meninas ainda se mantém como um espaço acolhedor. Irene de Sousa Silva, 48, sabe muito bem disso. Vivendo na cidade desde os 12 anos, sua infância e vida adulta foram marcadas pelo parque. "É um ótimo local para crianças e até para adultos. Tem várias opções de lazer, passear no parque é muito bom. Você sente uma paz enorme enquanto caminha por aqui", contou.
A família de Irene é grande. Ao todo, possui quatro filhos e três netos. Todos esses aproveitaram o parque em algum momento da vida. Ela considera o local como o coração da cidade. "Aos domingos, muitas famílias se reúnem aqui. É um ambiente seguro e deixa a cidade viva. Quando meus filhos eram menores, eu os trazia todo dia depois da escola. Agora, repito esse ritual com os meus netos. Eu acho que é importante ter um espaço seguro e ecológico para as crianças crescerem", acrescentou.
Apaixonada pela cidade, Irene não pensa em outro lugar para morar. "Não faz parte dos meus planos sair de Samambaia para outra cidade. Porém, se eu for me mudar, vai ser para outra parte aqui da cidade. Samambaia é perfeita para mim, tem tudo que eu preciso. Minha vida é aqui", finalizou.

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