CB.Saúde

Especialista comenta avanços no diagnóstico e no combate ao Alzheimer

Em entrevista ao CB. Saúde, a coordenadora do serviço de neurologia do Hospital Sírio-Libanês Brasília, Luciana Barbosa, enfatizou a necessidade do diagnóstico precoce e destacou avanços no combate à doença

 2025. Cidades. CB. Saúde.Luciana Barbosa, Coordenadora do serviço de neurologia do Hospital Sírio-Libanês em Brasília é a entrevistada do CB. Saúde. Na bancada Sibele Negromonte e Mariana  Niederauer. -  (crédito:  Andrea Nalini/CB/D.A Press)
2025. Cidades. CB. Saúde.Luciana Barbosa, Coordenadora do serviço de neurologia do Hospital Sírio-Libanês em Brasília é a entrevistada do CB. Saúde. Na bancada Sibele Negromonte e Mariana Niederauer. - (crédito: Andrea Nalini/CB/D.A Press)

Manuela Sá*

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Nesta quinta-feira (23/10), o CB.Saúde — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — recebeu Luciana Barbosa, coordenadora do serviço de neurologia do Hospital Sírio-Libanês Brasília. Às jornalistas Sibele Negromonte e Mariana Niederauer, a entrevistada falou sobre como fazer o diagnóstico precoce de Alzheimer e avanços no combate à doença.

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De acordo com a especialista, apenas 20% dos cerca de 2 milhões de idosos com demência no Brasil receberam diagnóstico. “Temos muito que trabalhar para saber identificar a doença de forma precoce porque isso muda a vida desse paciente, a vida dessa família”, afirma Luciana.

Para fazer esse diagnóstico, coordenadora do Hospital Sírio-Libanês Brasília instrui familiares e pessoas próximas a prestarem atenção em diferenças no comportamento. “Essas são doenças, no geral, do envelhecimento. E muita coisa, às vezes, a gente acha que é da própria idade. Então, o familiar tem que ficar atento quando o paciente começa a deixar de fazer coisas que ele conseguia fazer antes”, adverte. 

A especialista aponta os principais fatores de risco para a demência, sendo um deles a falta de escolaridade: “As pessoas que são analfabetas têm o dobro de risco de desenvolver demência. Há a questão da hipertensão também, quando não está controlada, e da audição, quando a gente não consegue corrigir. Esses são os fatores de risco principais, mas existem outros: diabetes e colesterol, quando estão descompensados, obesidade, depressão, alterações do sono, traumatismo craniano, tabagismo, poluição e isolamento social”.

Luciana indica que, para evitar o Alzheimer, é possível fazer o que especialistas neurológicos chamam de reserva cognitiva: “É parecido com uma poupança que a gente cria para o nosso envelhecimento. Temos que manter a nossa saúde geral boa. É preciso estar dormindo bem, se alimentar de forma saudável, evitar os ultraprocessados, alimentos muito gordurosos, tentar comer mais verduras, frutas, legumes, evitar carne vermelha e controlar bem as doenças no geral”. 

A coordenadora do Sírio-Libanês Brasília também falou do novo medicamento para Alzheimer, que foi autorizado pela Anvisa em setembro deste ano. “É uma coisa revolucionária no sentido de que é algo que está tratando a causa. Estamos há mais de 20 anos sem nenhum tratamento novo para a doença e agora veio esse. Então, a gente vê com ânimo de ser um caminho novo”, comentou.

*Estagiária sob supervisão de Patrick Selvatti

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postado em 23/10/2025 20:19
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