
A construção de duas novas pontes (uma na barragem do Lago Paranoá e a outra sendo a 4° ponte do Lago Paranoá) foi o assunto principal da entrevista do secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro, ao CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — de ontem. Às jornalistas, Adriana Bernardes e Sibele Negromonte, o secretário apontou novas obras na Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), que irão incluir passagens subterrâneas e obras no Sol Nascente e em Vicente Pires.
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Secretário, o que podemos falar sobre a construção das duas pontes?
A quarta ponte do Lago Paranoá, que irá ligar o final do Lago Sul até a Ermida Dom Bosco, será construída na QI 28. A nova interligação contará com quatro faixas, sendo três destinadas para veículos em geral e uma exclusiva para o BRT, que irá se conectar à região do Jardim Botânico. Além disso, também estamos planejando uma faixa exclusiva para ônibus que seguirá rumo a São Sebastião, Jardim Botânico e DF-140, que vem aumentando a demanda. A ponte da barragem tem o objetivo de melhorar a circulação de veículos na região. Os moradores do Paranoá irão receber essa ponte para diminuir o fluxo e melhorar a segurança na região. Aquela não é uma via para receber veículos grandes, como caminhões acimas de três eixos, fizemos uma restrição e a ponte virá para resolver o problema de vez.
Em que fase estão os projetos para a construção dessas pontes? Quanto tempo irá demorar?
Estamos praticamente na fase final (de estudos). Queremos lançar a licitação para a ponte da barragem ainda este ano. Quem irá realizar esse projeto é o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER). O projeto para a quarta ponte do Paranoá ainda vai ser finalizando. A previsão de entrega do projeto é em dezembro. Após isso, ocorrerão os trâmites para conseguir levantar os recursos necessários e os documentos para realizar a licitação. Provavelmente no início do ano que vem (2026), essa obra esteja licitada também. A previsão que temos para finalizá-las será entre dois a três anos.
Outro projeto de obras da secretaria são as mudanças na Epig. Como estão as obras atuais e quais serão os próximos passos?
Estamos finalizando a parte referente à proteção da passarela à frente da Octogonal e vamos finalizar isso em novembro, assim, liberando o fluxo para o Setor Policial Militar. Acreditamos que conseguimos entregar alguma parte ainda este ano. Porém, toda a parte das passagens subterrâneas para o acesso ao Sudoeste só conseguiremos entregar no próximo ano. Iremos entregar um conjunto de 11 viadutos com melhorias de fluxo. Com os retornos em desnível, evitaremos a instalação de semáforos e conversões, além disso, iremos incluir uma pista exclusiva para ônibus.
Quando o senhor comenta sobre as passagens subterrâneas, é fácil relembrar a insegurança que os moradores relatam nesses locais. Há alguma conversa da pasta com outras secretárias para garantir a segurança dos pedestres?
Estudamos bastante esse projeto, inclusive com outras secretarias, como a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para tratar justamente dessa preocupação. É um projeto totalmente diferente da concepção das outras passagens subterrâneas. Em resumo, elas terão uma abertura mais ampla e serão construídas em linha reta, isso faz com que a iluminação seja mais favorável e com visibilidade completa para o outro lado.
Como está o andamento das obras da W3 Norte?
Estamos replicando o que fizemos na W3 Sul. Na fase atual, estamos trabalhando nas 700 Norte para melhorar o acesso ao comércio. Vamos requalificar as calçadas, tornando-as mais acessíveis, e também toda a questão de estacionamentos e paisagismo, para deixar o ambiente mais agradável.
Como estão as obras em regiões críticas como Sol Nascente, Vicente Pires?
Conseguimos concluir toda a parte de drenagem do Sol Nascente. Oito ruas estão esperando para receberem asfalto, mas as equipes estão lá para concluir e evitar que a chuva atrapalhe o andamento da região. No ano que vem, iremos concluir toda a parte de infraestrutura da cidade e continuaremos, até o período da chuva, obras nas calçadas, ciclovias e na paisagem. Em Vicente Pires, tem alguns trabalhos de ligação do sistema de drenagem para serem realizados. Não conseguimos concluir por conta de um problema com as adutoras da Caesb. Mas, eu diria que já está 90% pronto.
Assista à íntegra da entrevista:

Cidades DF
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