A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, comentou, nesta terça-feira (21/10), o caso do professor de uma escola pública do Guará agredido com socos pelo pai de uma aluna dentro da unidade de ensino. A ocorrência mobilizou o Batalhão Escolar da Polícia Militar (BPESC) e os envolvidos foram levados à 1ª Delegacia de Polícia, onde o caso foi registrado como desacato, injúria e lesão corporal.
A titular da pasta repudiou o episódio e reforçou que a Secretaria de Educação tem trabalhado constantemente para combater a violência nas escolas. “Não se pode partir para a violência em nenhum ambiente. Muito menos no ambiente escolar, que é um espaço de paz, tranquilidade, aprendizado e socialização”, afirmou. Paranaguá destacou que a secretaria mantém ações por meio da Assessoria de Cultura de Paz, responsável por desenvolver projetos individualizados em cada escola e divulgar o Caderno de Boas Práticas, ferramenta que orienta gestores e professores na construção de ambientes escolares mais seguros e acolhedores.
Entre as medidas estudadas pela pasta, Hélvia citou uma parceria com a Secretaria de Segurança Pública para avaliar a instalação de detectores de metais nas entradas das escolas. Segundo ela, a intenção é reforçar a segurança sem prejudicar o fluxo de entrada dos estudantes. “Fizemos um estudo sobre o uso de portais detectores, porque os detectores portáteis inviabilizariam a entrada em escolas com até dois mil alunos. Agora vamos decidir qual modelo melhor se adequa à rede pública”, explicou.
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A secretária também mencionou o debate em andamento na Câmara Legislativa sobre o uso de câmeras dentro das salas de aula, tema que divide opiniões entre educadores e sindicatos. “Há uma lei distrital que proíbe as câmeras, mas essa questão está sendo discutida. O importante é ouvir o professor. É ele quem está na sala de aula e sabe o que vive ali dentro”, reforçou Hélvia.
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A chefe da pasta acrescentou ainda a importância da participação das famílias na prevenção de comportamentos violentos e pediu mais atenção dos pais. “As famílias precisam olhar as mochilas dos filhos antes de eles saírem de casa. O que um aluno quer portando uma faca ou uma arma branca? O pai e a mãe têm que olhar, têm que se preocupar. A partir do momento que um responsável agride um professor, ele está ensinando ao filho que tudo pode, e não pode”, concluiu.
