SAÚDE

Paciente com câncer em estado grave consegue vaga em UTI oncológica

Apesar de uma determinação judicial, paciente aguardava transferência para tratamento quimioterápico. Daniel Rauter foi transferido para a UTI do Hospital de Base na noite desta sexta-feira (31/10). Caso foi divulgado pelo Correio

O paciente Daniel Rauter, 33 anos, que aguardava vaga urgente em uma unidade de referência em tratamento oncológico, foi transferido para o Hospital de Base. O caso foi divulgado nesta sexta-feira (31/10) pelo Correio. "Agora, ele terá o tratamento que precisa", disse Marcelo Elias, padrasto de Daniel, à reportagem.

Daniel estava internado desde a madrugada de terça-feira (28/10) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Samambaia (HRSam). Nesta sexta-feira, pouco depois das 21h, o HRSam ligou para a família informando sobre a transferência.

Com câncer de pulmão agressivo, ele ficou entubado e em ventilação mecânica, sem dar início à quimioterapia, o que é fundamental nas primeiras 48 e 96 horas horas. “Cada dia passado sem início de quimioterapia configura menor chance de sucesso na extubação e maior chance de óbito desse paciente”, afirmou o médico responsável em relatório apresentado pela família à Justiça.

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Nessa quinta-feira (30/10), o 3º Juizado Especial da Fazenda Pública e Saúde Pública do DF concedeu uma tutela de urgência determinando que o Governo do Distrito Federal (GDF) providenciasse a transferência imediata para um hospital de alta complexidade oncológica. 

Na tarde desta sexta-feira (31/10), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou ao Correio, em nota, que "os pacientes que aguardam por leito de UTI são regulados conforme gravidade do quadro de saúde". De acordo com a pasta, "a classificação prioriza os casos mais graves e os judicializados. A transferência para o leito é realizada mediante vaga disponibilizada. A vacância dos leitos ocorre mediante alta (por melhora clínica, óbito ou transferência de estabelecimento de saúde) dos pacientes que já os ocupavam previamente. Enquanto aguardam essa disponibilidade, os pacientes seguem assistidos pela equipe médica do hospital em que estão internados".


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