alimentos impróprios

Tribunal de Contas apura denúncia de arroz com larvas servido em escolas

Segundo consta no relatório, o arroz contaminado por carunchos e larvas tem sido servido de forma recorrente aos estudantes. TCDF determinou que Secretaria se manifeste em até dez dias. Já a pasta diz não ter sido notificada oficialmente até o momento

Alimentos impróprios para consumo foram recolhidos pelo Conselho -  (crédito: Divulgação/CAE-DF)
Alimentos impróprios para consumo foram recolhidos pelo Conselho - (crédito: Divulgação/CAE-DF)

Em relatório enviado ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), o Conselho de Alimentação Escolar (CAE/DF) denunciou irregularidades em merendas oferecidas a estudantes da rede pública do DF. Segundo consta no documento, o arroz impróprio para o consumo, cujos pacotes estão contaminados por carunchos e larvas, tem sido servido de forma recorrente. A mesma denúncia foi feita em 2024. 

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Durante fiscalização in loco, o CAE/DF também encontrou nos depósitos escolares pacotes de uma marca fornecedora que já apresentava histórico de contaminações. Além disso, também foram identificados pacotes de um novo fornecedor, igualmente contaminados.

Foram inspecionadas seis escolas: Centro Educacional 01 do Riacho Fundo, Escola Classe 06 de Taguatinga, Centro de Ensino Médio 02 de Planaltina, Escola Classe 318 de Samambaia, Centro de Educação Infantil 08 de Taguatinga e Centro de Ensino Fundamental 06 de Brasília. 

Das 19428 unidades (97.140 Kg) de arroz triadas, 9602 unidades (48.010Kg) foram consideradas impróprias para consumo. O fornecedor foi imediatamente notificado para realizar o recolhimento e a substituição do arroz.

Alimentos impróprios para consumo foram recolhidos pelo Conselho
Alimentos impróprios para consumo foram recolhidos pelo Conselho (foto: Divulgação/CAE-DF)

Segundo o Conselho, até o momento, já foram repostas 8155 unidades (40.775 kg), restando 1447 unidades (7235 kg), que serão entregues ao depósito central antes da 3?ª distribuição de 2025, evitando que fiquem armazenadas por longos períodos e minimizando o risco de contaminação.

Além da substituição do alimento impróprio para consumo, as inspeções do CAE/DF apontaram para, entre outros problemas, a necessidade de reformas nas cozinhas e de correção da ausência da informação “Venda proibida" nos rótulos de embalagens de carnes e frangos. Também foram encontradas larvas em pacotes de feijão-preto.  

Providências

Na sessão dessa quarta-feira (5/11), o Plenário do TCDF apreciou o processo que trata da denúncia e, após analisar a representação do CAE/DF, determinou à Secretaria de Estado de Educação (SEE/DF) que se manifeste em até 10 dias sobre as possíveis irregularidades na merenda escolar. A decisão foi do desembargador André Clemente Lara de Oliveira. 

A Corte também alertou a secretária de Educação sobre necessidade da adoção de providências imediatas para promoção do controle de qualidade dos alimentos para impedir que produtos impróprios para o consumo sejam fornecidos aos estudantes.

Questionada, a SEE/DF informou não ter sido notificada oficialmente sobre o relatório mencionado. No entanto, diz acompanhar com atenção todas as apurações conduzidas pelo TCDF, estando à disposição dos órgãos de controle para prestar todas as informações necessárias.

A pasta acrescentou que a alimentação escolar é regularmente fiscalizada por nutricionistas do quadro técnico da Secretaria de Educação, cujas visitas são periódicas nas unidades de ensino, a fim de verificar as condições de armazenamento, qualidade e preparo dos gêneros alimentícios. Por fim, a secretaria diz solicitar laudo laboratorial completo de todos os gêneros alimentícios entregues nas unidades escolares. 

Alimentos impróprios para consumo foram recolhidos pelo Conselho
Alimentos impróprios para consumo foram recolhidos pelo Conselho (foto: Divulgação/CAE-DF)

Confira, na íntegra, a nota da Secretaria de Educação:

A Secretaria de Educação do Distrito Federal informa que, até o momento, não foi notificada oficialmente sobre o relatório mencionado. Entretanto, a Secretaria de Educação do Distrito Federal informa que acompanha com atenção todas as apurações conduzidas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), estando à disposição dos órgãos de controle para prestar todas as informações necessárias.
A pasta esclarece, ainda, que a alimentação escolar é regularmente fiscalizada por nutricionistas do quadro técnico da Secretaria de Educação. Estas visitas são periódicas nas unidades de ensino, para verificar as condições de armazenamento, qualidade e preparo dos gêneros alimentícios.
Sobretudo, reforça que todos os apontamentos encaminhados pelo Conselho de Alimentação Escolar do Distrito Federal (CAE-DF) são prontamente averiguados e as denúncias são devidamente apuradas, podendo resultar em sanções às empresas contratadas, conforme previsto em contrato e na legislação vigente. Dessa forma, todas as medidas administrativas cabíveis são adotadas de forma imediata, sempre com o objetivo de garantir a segurança alimentar e o bem-estar dos estudantes da rede pública.
Para isso, a Secretaria de Educação solicita laudo laboratorial completo de todos os gêneros alimentícios entregues nas unidades escolares. Além disso, quando se  identificado qualquer desconformidade, no que se refere a gêneros alimentícios, esta Secretaria solicita análise laboratorial ao Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen- DF), bem como solicita recolhimento e substituição imediata do consumo do gênero.

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    Alimentos impróprios para consumo foram recolhidos pelo Conselho Foto: Divulgação/CAE-DF
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    Alimentos impróprios para consumo foram recolhidos pelo Conselho Foto: Divulgação/CAE-DF
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    Alimentos impróprios para consumo foram recolhidos pelo Conselho Foto: Divulgação/CAE-DF
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postado em 07/11/2025 07:12
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