CB DEBATE

Mortalidade do câncer de próstata é alta, alerta Fernando Croitor, do Anchieta

Evento promovido pelo Correio Braziliense busca conscientizar sobre a saúde do homem e ampliar o alcance das informações do Novembro Azul

"O grande propósito de um evento como esse é propagar informação", diz o médico Fernando Croitor - (crédito: Minervino Junior/CB/DA Press)

Durante o evento promovido pelo Correio Braziliense para discutir os desafios e avanços no combate ao câncer de próstata, o coordenador da linha de cuidados de urologia dos Hospitais Anchieta Taguatinga e Ceilândia, Fernando Croitor, destacou a importância da informação como principal ferramenta de prevenção. A iniciativa integra as ações do Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre a saúde do homem.

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“O grande propósito de um evento como esse é propagar informação. Esse é o mote do Novembro Azul: mobilizar a sociedade para que os homens se conscientizem sobre a necessidade de cuidar da própria saúde, especialmente diante de um problema tão sério como o câncer de próstata, que é o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele”, explicou o médico participante do debate.

De acordo com ele, apesar dos avanços, a doença ainda é subnotificada no Brasil e apresenta alta incidência e mortalidade. “A cada ano surgem inúmeros novos casos, e isso mostra que, embora mais pessoas estejam buscando informação, ainda há muitos que enfrentam dificuldades de acesso ao atendimento ou simplesmente adiam a consulta médica. A mortalidade é alta porque, muitas vezes, o diagnóstico ocorre tardiamente”, destacou.

O especialista explicou que o câncer de próstata costuma ser silencioso em seus estágios iniciais, o que contribui para o diagnóstico tardio. “Esse é um câncer curável quando detectado precocemente. O problema é que ele não causa sintomas no começo, então muitos homens esperam sentir algo para procurar o médico. Quando isso acontece, o tempo ideal para o tratamento já pode ter passado”, alertou.

Outro fator que ainda impede o avanço da prevenção é o tabu em torno dos exames. “A próstata ainda é um tema cercado de preconceitos. Muitos homens associam o exame à perda da masculinidade ou à disfunção sexual, o que não é verdade. O toque retal é um procedimento simples e seguro, que pode salvar vidas", declarou.

De acordo com ele, a recomendação é que todos os homens a partir dos 50 anos, ou dos 45, no caso de quem tem histórico familiar ou pertence a grupos de risco, procurem acompanhamento médico.

O médico também deixou um recado aos homens: “Não esperem sentir sintomas para cuidar da saúde. O acesso à informação nunca foi tão fácil, e eventos como esse do Correio Braziliense ajudam a derrubar preconceitos. Fazer o check-up regularmente pode salvar vidas”, afirmou.

O Correio Braziliense realiza, nesta quinta-feira (6/11), a partir das 14h, o C.B. Debate Novembro Azul: A saúde do homem em foco, com o objetivo de ampliar a conscientização sobre o autocuidado masculino e a importância do diagnóstico precoce. O evento está sendo transmitido ao vivo pelo canal do jornal no YouTube.

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postado em 06/11/2025 15:34 / atualizado em 06/11/2025 15:34
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