
O deputado distrital Chico Vigilante (PT) criticou, em entrevista exclusiva ao Correio, as operações do Banco de Brasília (BRB) envolvendo o Banco Master e defendeu a abertura de uma CPI na Câmara Legislativa para investigar o caso. Segundo ele, “a cada instante sai mais notícia desse caso tenebroso”.
Vigilante citou reportagens que apontam suposta influência de dirigentes partidários nacionais na negociação. “Há informações de que Antônio Rueda, presidente do União Brasil, e Ciro Nogueira, do PP, teriam convencido o Governo do Distrito Federal a fazer esse negócio. Isso precisa ser apurado”, afirmou.
O parlamentar classificou como “gravíssima” a suspeita de que o BRB teria adquirido “R$12,2 bilhões em ações podres” do Banco Master. Ele comparou o episódio ao tratamento dado a servidores e empresários locais. “Enquanto o BRB pressionava pessoas superendividadas — inclusive com casos de suicídio — agora aparece disponibilizando R$ 12,2 bilhões para comprar títulos que não existem. É a primeira vez que ouço falar em título fantasma”, disse.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Para Vigilante, a CPI é necessária para “passar tudo a limpo” e evitar prejuízo ao Distrito Federal. Ele também comentou a nomeação do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Nelson Antônio de Souza para a presidência do BRB. “Vamos fazer todos os questionamentos necessários na sabatina. Espero que ele venha preparado para esclarecer tudo. É uma temeridade assumir o BRB na situação em que está. Acho que é uma pessoa muito corajosa”, declarou.

Cidades DF
Cidades DF