'O racismo não é reconhecido no Brasil', diz gestora da Casa Akotirene

Joice Marques ressalta a necessidade de ações afirmativas reais e permanentes para o combate do preconceito racial

“Não tem como falar sobre qualquer forma de igualdade sem falar de igualdade racial”, afirmou Joice Marques, gestora da Casa Akotirene, durante o CB Debate Histórias de Consciência: mulheres em movimento, iniciativa do Correio Braziliense, nesta terça-feira (19/11), para a valorização do protagonismo de mulheres negras.

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Segundo a dirigente, o país ainda está muito longe de alcançar a igualdade racial, visto que o racismo é uma questão estrutural. “Vivemos em um país onde o racismo, muitas vezes, não é reconhecido. Por isso, as políticas de combate não são efetivas. Precisamos de ações afirmativas reais, que sejam implementadas e mantidas ao longo do tempo”, afirmou.

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Além disso, Joice destacou a importância da representatividade de mulheres negras nos espaços de poder: “É muito importante termos pessoas negras em todas as esferas sociais e em todos os espaços profissionais, porque isso permite que nos vejamos representados ali”. “Para nossas crianças e jovens é fundamental ter referências. Quando temos referência, temos uma direção”, concluiu.

CB.Debate

O Correio Braziliense realiza, nesta quarta-feira (19/11), a partir das 14h, o evento Histórias de consciência: mulheres em movimento, com o objetivo de ampliar a valorização do protagonismo de mulheres negras. O evento está sendo transmitido ao vivo pelo YouTube.

Assista à transmissão ao vivo: 

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