operação Código Fantasma

Polícia Civil investiga grupo por fraude em sistemas do Detran/DF

Segundo a investigação, o grupo instalava clandestinamente dispositivos de acesso remoto para realizar emplacamentos fraudulentos, desbloquear CNHs de forma irregular, cancelar multas indevidamente, fraudar desvinculação de débitos e efetuar transferências irregulares

Operação Código Fantasma ocorreu na manhã desta segunda-feira  -  (crédito:   Ed Alves CB/DA Press)
Operação Código Fantasma ocorreu na manhã desta segunda-feira - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

Nesta segunda-feira (8/12), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão, no Riacho Fundo e em Samambaia, durante a Fase II da Operação “Código Fantasma”, que visa desarticular grupos criminosos especializados em obter ilegalmente credenciais de acesso aos sistemas internos do Departamento de Trânsito (Detran/DF). Até o momento, dois suspeitos são investigados: um homem de 24 anos e uma mulher de 34, funcionária de um órgão prestador de serviços ao GDF.

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Segundo a investigação, o grupo instalava clandestinamente dispositivos de acesso remoto do tipo MikroTik para realizar emplacamentos fraudulentos, desbloquear CNHs de forma irregular, cancelar multas indevidamente, fraudar desvinculação de débitos e efetuar transferências irregulares.

O esquema foi identificado inicialmente pelo setor de tecnologia do Detran, que acionou a polícia após localizar três equipamentos: dois dentro de estruturas do próprio órgão e um conectado à rede de uma instituição parceira — que não teve o nome divulgado. 

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos os dispositivos, celulares e computadores, que agora passam por perícia. Os suspeitos atuavam na instalação dos dispositivos e tentavam cooptar servidores para permitir a instalação clandestina das ferramentas de acesso remoto. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos, medir o impacto das fraudes e mapear vulnerabilidades dos sistemas públicos.

Dependendo do avanço das apurações, os suspeitos podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo eletrônico, corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 21 anos de prisão. A ação é conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), unidade do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR), com apoio técnico do Detran-DF. 

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postado em 08/12/2025 12:40
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