CAPIVARAS

Capivaras são atropeladas na Asa Norte; motorista não prestou socorro

Atropelar um animal silvestre e não prestar socorro é crime no Distrito Federal, segundo a Lei nº 7.283, de julho de 2023

 10/12/2025 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF -  Filhotes de capivara atropelados próximo ao Deck Norte. -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
10/12/2025 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF - Filhotes de capivara atropelados próximo ao Deck Norte. - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Dois filhotes de capivara foram vistos atropelados, na manhã desta terça-feira (10/12), na região do Trevo de Triagem Norte, localizado no final da Asa Norte. O Correio observou que os animais estavam sem-vida, e um deles foi jogado no meio da via, negligenciados pelo condutor responsável pelo atropelamento.

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Atropelar um animal silvestre e não prestar socorro é crime no Distrito Federal. A Lei estadual nº 7.283, de julho de 2023, determina que todo motorista, motociclista ou ciclista que atropelar qualquer animal nas vias públicas do DF possui a obrigação de prestar socorro imediatamente. 

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Nestes casos, é recomendado parar em local seguro, sinalizar a via e acionar os órgãos competentes: Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros (193), Brasília Ambiental (3214-5637) e Linha Verde do Ibama (0800 61 8080).

As capivaras atropeladas estavam no meio da via, no fim da Asa Norte
As capivaras atropeladas estavam no meio da via, no fim da Asa Norte (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Novas Soluções

A recorrência de atropelamentos de capivaras na região do Lago Paranoá motivou, na última sexta-feira (5/12), a emissão de uma recomendação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). O texto destaca a importância de criar corredores de fauna, cercas-guia e barramento contínuo, entre outras medidas, que ajudem a controlar o fluxo dos animais nas vias públicas.

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A recomendação foi destinada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do DF (Sema) e ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) que, atualmente, realizam estudos em conjunto com a Universidade Católica de Brasília (UCB) para identificar padrões de comportamento e rotas das capivaras do lago.

Segundo a Promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente Luciana Bertini, responsável por emitir a medida, as atuais iniciativas da Sema e do Ibram não estão sendo suficientes para evitar os atropelamentos, que vêm crescendo nos últimos anos.

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“A maior preocupação da promotoria é com o risco do bem-estar das capivaras e a falta de educação ambiental da população, de respeitar e saber lidar com os animais silvestres em meio urbano. Para que a população não sinta-se prejudicada e as capivaras também não sejam ameaçadas”, afirmou Luciana.

Ainda afirma que o objetivo da recomendação é de firmar um prazo, estipulado em 60 dias, para que os órgãos realizem as seguintes medidas:

  • Conclusão dos estudos sobre o comportamento das capivaras no Lago Paranoá, para identificação de áreas de alta concentração e rotas de pastejo; 
  • Implantação de corredores de fauna, cercas-guia e barramento contínuo, ou outras soluções equivalentes, para reduzir atropelamentos e acidentes;
  • Instalação de placas informativas em trechos próximos às rotas identificadas;
  • Elaboração de plano de educação ambiental, com foco na convivência segura entre população e fauna silvestre urbana;
  • Implantação de pontos de contenção física ou barreiras seletivas nos locais de maior risco. 

Em nota ao Correio, o Ibram afirmou que ainda não recebeu oficialmente a decisão, que ainda deve passar pela procuradoria do Governo do DF: “O Ibram informa que, após consulta à equipe jurídica da instituição, ainda não recebeu o processo, o que torna impossível emitir um posicionamento sobre o caso no momento”.

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

 

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postado em 10/12/2025 15:44
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