
O Distrito Federal, segundo as Estatísticas do Registro Civil 2024, registrou a segunda maior taxa de nupcialidade legal do Brasil — 8,4 casamentos para cada mil habitantes em idade de casar (15 anos ou mais). A capital também aparece em segundo lugar no ranking nacional de divórcios, com 3,8 separações por mil pessoas de 20 anos ou mais. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10/12).
Ao longo de 2024, foram celebrados 20.236 casamentos civis, número 7,5% maior que o de 2023. O destaque foi para os casamentos homoafetivos que atingiram o maior patamar desde o início da série histórica, em 2013: 304 registros, um aumento de 19,7% em relação ao ano anterior.
Os dados também reforçam a tendência de postergação de início da vida conjugal, uma vez que, pela primeira vez, a idade média avançou: 31 anos para os homens e 29,1 anos para as mulheres,
No mesmo período, o DF contabilizou 8.461 divórcios, reforçando a tendência de crescimento simultâneo das uniões e dissoluções. A duração média dos casamentos que chegaram ao fim foi de 12,9 anos, e quase metade das separações (49,5%) ocorreu antes de completar uma década de união. No momento do divórcio, os homens tinham, em média, 44,2 anos, enquanto as mulheres registraram 41,6 anos.
Transformações na guarda dos filhos e queda nos nascimentos
As mudanças familiares também se expressam no arranjo das guardas parentais. A guarda compartilhada tornou-se predominante: passou de 10,4% dos divórcios com filhos em 2014 para 64,5% em 2024. Mais da metade das separações (53,9%) ocorreu em famílias compostas exclusivamente por filhos menores.
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Paralelamente, o DF vive seu sétimo ano consecutivo de queda nos nascimentos. Em 2024, houve redução de 6,4% em relação ao ano anterior. A maternidade tardia ganhou ainda mais força: 49,8% dos nascidos vivos são de mães com 30 anos ou mais, o maior percentual do país. A faixa etária com mais registros foi a de 30 a 34 anos (24,1%).
O DF também lidera o menor índice de maternidade na adolescência: apenas 7,3% das parturientes tinham até 19 anos.
O envelhecimento demográfico aparece de forma nítida nos dados de mortalidade. Em 2024, 69,2% dos óbitos foram de pessoas com 60 anos ou mais. Nesse grupo, o número de mortes cresceu 13% em comparação com 2023. Entre os idosos de 80 anos ou mais, o aumento foi ainda mais expressivo: 14,6%.

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