
Um ofício enviado ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e ao Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC-DF), pela senadora Leila do Barros (PDT), solicita investigação de possíveis ações irregulares administrativas de agentes públicos do GDF. O envio foi motivado pelas denúncias sobre empréstimos concedidos pelo BRB à própria diretoria, venda do Centro Administrativo do DF (Centrad) e a indisponibilidade de sistemas fundamentais do Planejamento e Fazendo (SIGGO, Portal Nota Legal).
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No documento, a senadora afirma que os fatos citados “revelam indícios suficientes de possível gestão temerária, desvio de finalidade, violação aos deveres fiduciários e interferência política indevida em instituição financeira pública [...]”, disse. Os documentos foram enviados ao procurador-geral de Justiça do DF, George Seigneur, e ao procurador-geral do Ministério Público de Contas do DF, Demóstenes Albuquerque.
Entenda
O primeiro ponto citado pelo documento cita os empréstimos do Banco de Brasília (BRB) a integrantes da diretoria do banco. “Com crescimento considerado desproporcional e em condições contratuais que, de acordo com reportagens, não seguem os padrões de mercado”, pontuou. Essas manobras, para Leila, levanta suspeitas sobre o uso indevido de cargo público, falta de transparência e possível interferência política.
Sobre a venda do Centrad, a senadora pede que o MPC-DF, acompanhe de forma rigorosa o anúncio de venda do centro administrativo por R$ 600 milhões. Um dos pontos de atenção para Leila é a falta de clareza nos critérios de avaliação do imóvel, destacando que o valor divulgado se aproxima de uma estimativa feita em 2018 apenas para a área construída, sem considerar o valor do terreno, pertencente à Terracap.
Por fim, no ofício também consta a indisponibilidade prolongada de sistemas estruturantes das áreas de Planejamento e Fazenda do GDF, como o SIGGO, o Portal Nota Legal e outros. A parlamentar defende que a instabilidade dos sistemas e o longo período que ficam fora do ar indicam graves falhas no planejamento de tecnologia da informação.
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