cASO MARIA DE LOURDES

Despedida com música marca enterro da cabo do Exército Maria de Lourdes

Familiares, amigos e colegas de farda se despediram da jovem militar, Maria de Lourdes Freire Matos, assassinada na última sexta-feira dentro do quartel do Exército pelo soldado Kelvin Barros. Caso é investigado como feminicídio

O corpo de Maria de Lourdes Freire Matos, 25 anos, vítima de feminicídio na última sexta-feira, foi velado na manhã desta quinta-feira (11/12). Em meio à forte comoção de familiares, amigos e colegas de farda, a cerimônia foi marcada por músicas católicas e por palavras de fé.

O caixão foi acompanhado pela família e por militares dos Dragões da Independência do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda (RCG). Antes do sepultamento, uma missa em sua homenagem foi celebrada na Paróquia Nossa Senhora do Rosário.

Indignado com a tragédia, Gustavo Antunes, amigo da família, lamentou o crime ocorrido dentro de uma unidade militar. “Quando fomos ao local, uma mulher nos disse que algo assim poderia acontecer em ‘qualquer lugar’. Mas não foi em qualquer lugar. Ela foi assassinada em um quartel do Exército. Isso não poderia acontecer”, afirmou.

Marcelo Ferreira CB/DA Press - Familiares, amigos e colegas de farda deram o último adeus à Maria de Lourdes na manhã desta quinta-feira (11/12)

Relembre o caso
Maria de Lourdes Freire Matos foi vítima de feminicídio ocorrido na tarde da última sexta-feira, próximo às 16h, no 1º Regimento de Cavalaria de Guarda (RCG). 

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Após o crime, Kelvin Barros, feminicida confesso, ateou fogo no local e fugiu em direção ao Paranoá. Capturado pouco tempo depois por agentes da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), responsável pelo caso. Desde então, está detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.

Após ser preso, Kelvin negou o crime e, em seguida, confessou. De acordo com o delegado-chefe da 2ª DP, Paulo Noritika, ele apresentou cinco versões sucessivas e contraditórias.

Há dois inquéritos em andamento, um na Polícia Civil do DF e outro na Justiça Militar da União (JMU). Em ambos, Kelvin responde por feminicídio, incêndio, furto e fraude processual. O caso aguarda manifestação das partes e a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para saber em qual âmbito da Justiça será julgado.

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