O enterro de Laura Rebeca Ribeiro dos Santos, de 1 ano e 4 meses, foi marcado por forte comoção sob um dia nublado. Familiares, amigos e pessoas sensibilizadas pela tragédia se reuniram para a despedida da bebê, lembrada como uma criança alegre, cheia de saúde, iluminada e muito risonha.
Os pais foram consolados pelo carinho dos outros filhos e de pessoas próximas. Laura foi velada em um caixão branco, vestida de branco, em um ambiente marcado por orações, hinos cristãos e silêncio.
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A mãe, Lorrany Stephane, falou sobre a importância da filha em sua vida. “Deus me deu a Laura, ela mudou muita coisa, ela me ensinou muito. Ela trouxe alegria, amor, e ele levou minha filha”, declarou. “Eu estava trabalhando, eu só queria buscar minha filha depois, mas agora ela está com Deus. Ela está muito melhor que a gente”, completou.
O pai da criança, Pablo Vitor, também se pronunciou. “É um momento de uma dor que até quem não é próximo sente”, disse. “A gente fica muito triste com o que aconteceu, muita negligência”, acrescentou. A avó paterna, Cida Lima, fez uma oração, e o caixão foi fechado ao som do louvor “Deus é Deus”.
Laura morreu na tarde de quinta-feira (12/12), em uma creche domiciliar no Setor O, em Ceilândia. A perícia preliminar apontou asfixia causada pelo cinto como possível causa da morte. O laudo final deve ficar pronto até a próxima semana.
Segundo depoimento da cuidadora à polícia, Laura estava sob seus cuidados pela primeira vez naquele dia. A mulher afirmou trabalhar há mais de quatro anos com atendimento a crianças em sua residência. Relatou que colocou a bebê para dormir em um bebê-conforto, presa pelo cinto, enquanto cuidava de outras crianças.
A cuidadora disse que saiu por alguns minutos para buscar alunos na escola, deixando as crianças sob os cuidados do marido. Ao retornar, afirmou ter visto Laura dormindo. Mais tarde, ao estranhar o tempo prolongado de sono, encontrou a criança virada no colchão, aparentemente roxa. O Samu foi acionado, mas a equipe constatou a morte no local.
O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), como homicídio culposo. A investigação inclui a análise de imagens das câmeras de segurança da creche, já apreendidas pelos investigadores.
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