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Astronomia

"Cauda de gato" de poeira é avistada a 63 anos-luz pelo James Webb

A 'cauda' foi encontrada em um jovem sistema planetário chamado Beta Pictoris e que ainda intriga muitos cientistas

Disco de poiera em formato de 'cauda de gato' -  (crédito: NASA, ESA, CSA, STScI, C. Stark e K. Lawson (NASA GSFC), J. Kammerer (ESO) e M. Perrin (STScI))
Disco de poiera em formato de 'cauda de gato' - (crédito: NASA, ESA, CSA, STScI, C. Stark e K. Lawson (NASA GSFC), J. Kammerer (ESO) e M. Perrin (STScI))
postado em 10/01/2024 18:27 / atualizado em 10/01/2024 18:29

A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) anunciou, nesta quarta-feira (10/1), que encontrou o primeiro disco de poeira em torno de outra estrela, por meio do supertelescópio espacial James Webb. A imagem surpreende ainda mais porque a poeira tem o formato de uma "cauda de gato".

Os discos de poeira nada mais são do que detritos produzido por colisões entre asteroides, cometas e planetesimais (corpos de gelo ou rochosos de até 100km). Essa "causa de gato" foi encontrada em um jovem sistema planetário que intriga astrônomos, o Beta Pictoris, que fica apenas a 63 anos-luz de distância da Terra. Ou seja, as imagens registradas podem ter ocorrido pouco depois da Segunda Guerra Mundial ou na época da inauguração de Brasília. 

O formato da "cauda", de acordo com especialistas, ainda não pode ser explicado por eles. Apesar de a equipe que o encontrou ter tentado imitar o 'rabo' para desvendar suas origens, eles revelam que serão necessários mais testes.

  • Disco de poiera em formato de ’cauda de gato’
    Disco de poiera em formato de ’cauda de gato’ NASA, ESA, CSA, STScI, C. Stark e K. Lawson (NASA GSFC), J. Kammerer (ESO) e M. Perrin (STScI)
  • Disco de poiera em formato de ’cauda de gato’
    Disco de poiera em formato de ’cauda de gato’ NASA, ESA, CSA, STScI, C. Stark e K. Lawson (NASA GSFC), J. Kammerer (ESO) e M. Perrin (STScI)

“A característica da cauda do gato é altamente incomum e foi difícil reproduzir a curvatura com um modelo dinâmico. Nosso modelo requer poeira que possa ser expulsa do sistema com extrema rapidez, o que novamente sugere que é feito de material refratário orgânico", afirmou Christopher Stark, coautor do estudo.

Marshall Perrin, que também assina o estudo, tentou explicar o que pode ter indicado a "cauda" da poeira. "Algo acontece — como uma colisão — e muita poeira é produzida. No início, a poeira segue na mesma direção orbital de sua fonte, mas depois também começa a se espalhar. A luz da estrela empurra as partículas de poeira mais pequenas e fofas para longe da estrela mais rapidamente, enquanto os grãos maiores não se movem tanto, criando uma longa gavinha de poeira", pontua.

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