EITA!

Como o Brasil foi parar no contexto do roubo ao Louvre

Entre os tesouros levados está o conjunto de safiras e diamantes usado pelas rainhas Marie-Amélie da França e Hortênsia de Beauharnais

Museu do Louvre -  (crédito: Reprodução: Instagram)
Museu do Louvre - (crédito: Reprodução: Instagram)

O audacioso roubo ao Museu do Louvre, em Paris, ocorrido no último fim de semana, ultrapassou fronteiras e acabou conectando o Brasil a uma das maiores histórias de furto de arte e joias já registradas. Criminosos invadiram a famosa Galeria d’Apollon e levaram nove peças raríssimas da coleção da coroa francesa, avaliadas em cerca de 88 milhões de euros.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

Entre os tesouros levados está o conjunto de safiras e diamantes usado pelas rainhas Marie-Amélie da França e Hortênsia de Beauharnais. A joia, composta por 24 safiras do Ceilão (atual Sri Lanka) e 1.083 diamantes, é tão rara que alguns especialistas acreditam que possa ter pertencido à rainha Maria Antonieta.

O que muitos não sabiam é que esse mesmo conjunto tem ligação direta com o Brasil. A princesa Isabel d’Orléans, bisneta de Dom Pedro II, foi a última pessoa a usar o colar de safiras antes de ele ser incorporado à coleção do Louvre, em 1985. O parentesco faz parte da conexão da antiga família imperial brasileira com a casa de Orléans, da França.

A peça roubada, portanto, carrega mais do que o valor material: é também um fragmento da história que entrelaça Brasil e França, marcando um elo entre duas monarquias e diferentes capítulos da nobreza europeia. O nome de Isabel d’Orléans voltou a circular nas redes sociais desde que a notícia veio à tona, justamente por essa herança compartilhada.

Especialistas ouvidos pela imprensa francesa afirmam que o conjunto é praticamente impossível de ser vendido no mercado negro, por ser amplamente documentado e reconhecido mundialmente. Mesmo assim, o roubo foi considerado um dos mais ousados da história recente do Louvre, superando até mesmo o caso da Mona Lisa, em 1911.

Com isso, o Brasil, ainda que indiretamente, acabou entrando no noticiário internacional do crime — não como protagonista, mas como parte da memória e da linhagem da joia que desapareceu. Uma herança de realeza, que agora se transforma em mistério digno de cinema.

  • Google Discover Icon
MM
postado em 22/10/2025 09:30 / atualizado em 22/10/2025 10:34
x