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Lançada em 2023 pela Netflix, a série Toda a luz que não podemos ver recebeu indicação do Globo de Ouro 2024 na categoria Melhor Minissérie, que ocorreu no último domingo (7/1). A trama conta a história de Werner, um órfão alemão com habilidades em rádio, e Marie-Laure, uma jovem francesa cega cujas vidas se entrelaçam durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de não ter levado o prêmio, a minissérie chama atenção pela atriz que interpreta Marie-Laure na fase adulta, a norte americana Aria Mia Loberti, que não é realmente cega, mas sofre de acromatopsia.
A doença é uma anomalia congênita, caracterizada pela ausência ou mau funcionamento das células fotorreceptoras, que impede que seu portador identifique cores. “Acromatopsia é uma alteração da retina que provoca sintomas como baixa acuidade visual, fotofobia, movimento involuntário dos olhos e dificuldade para enxergar cores, como se a pessoa visse em tons de cinza”, explica o oftalmologista Vinicius Kniggendorf, especialista em retina e vítreo do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do Grupo Opty no Distrito Federal.
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Considerada uma condição extremamente rara, a doença pode acometer tanto homens quanto mulheres, e apesar de ter características diferentes, ainda pode ser confundida com o daltonismo — que é uma condição que leva à confusão entre algumas cores, normalmente o vermelho e o verde.
Portadores de acromatopsia completa enxergam em preto, branco e tons de cinza. Já os indivíduos que apresentam o tipo incompleto, podem ter a percepção de algumas poucas cores. De acordo com o especialista, o diagnóstico é feito através de exames oftalmológicos abrangentes, incluindo teste de visão de cores e avaliação da função da retiniana.
*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes
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