CINEMA

‘Ó Paí, Ó 2’ ganha sessões gratuitas no Cine Brasília esta semana

A sequência do filme é responsável por consolidar o bairro do Pelourinho no imaginário do grande público

A sequência de 'Ó Paí, Ó' torna a contar da história do cortiço de Dona Joana (Luciana Souza), palco das principais fofocas e intrigas entre os personagens da trama. -  (crédito: Divulgação)
A sequência de 'Ó Paí, Ó' torna a contar da história do cortiço de Dona Joana (Luciana Souza), palco das principais fofocas e intrigas entre os personagens da trama. - (crédito: Divulgação)

“É a Bahia”, diz Edvana Carvalho com a voz carregada de sotaque ao brincar com Rejane Maia durante as filmagens de Ó Paí, Ó 2, em Salvador. Ambas as atrizes interpretam personagens na sequência do filme de 2007, que chegou às telinhas no fim de 2023. O longa — que também conta com as atuações de Lázaro Ramos, Luciana Souza e Dira Paes — tornou-se um clássico da filmografia baiana. Até porque, o que falar de um filme que possui como locação principal as calçadas do Pelourinho, bairro localizado no centro histórico de Salvador, e que agora invade a sala de exibição do Cine Brasília para duas sessões especiais:  uma nesta terça-feira (6/2) e a outra na quarta-feira (7/2).

As sessões estão marcadas para às 18h na terça-feira e 20h30 no dia seguinte. Além disso, na sessão de quarta (7/2), está previsto para depois da exibição da fita um bate-papo com o ator Vinícius Nascimento, que retorna ao universo de Ó Paí, Ó para dar vida novamente a Cosme, personagem que conta ter marcado a carreira dele, bem como o próprio filme. “Ó Paí, Ó mudou a vida de muita gente”, reforça Nascimento. Vinícius nasceu e foi criado em Salvador (BA), mais especificamente no próprio Pelourinho. Ele conta ao Correio que é a única pessoa envolvida na produção do filme, entre elenco e equipe técnica, residente do bairro que serve de locação para a produção.

A fita de 2007, responsável por colocar em voga a cidade de Salvador e a cultura afro-baiana no imaginário de tantos espectadores, é considerada por muitos especialistas em cinema um marco entre as produções nacionais ao propor uma linguagem desvinculada dos filmes feitos sob a ótica do eixo Rio-São Paulo, de onde saem as produções — sejam elas filmes, músicas, séries, novelas, etc. — de maior projeção nacional. Vinícius, aliás, reconhece a importância de Ó Paí, Ó não só para o cinema brasileiro, mas para o próprio Pelourinho. “Eu, como morador, sou testemunha viva”, afirma o ator, que avalia com propriedade os impactos causados pelo filme no comércio e nas atividades turísticas na região.

A sequência de Ó Paí, Ó torna a contar da história do cortiço de Dona Joana (Luciana Souza), palco das principais fofocas e intrigas entre os personagens da trama. Em meio a isso, Roque (Lázaro Ramos) está na expectativa de se tornar um cantor de sucesso com o lançamento da primeira música de trabalho, enquanto os demais personagens se preparam para a tradicional festa de Iemanjá, orixá associada aos mares e desembocaduras. Os ingressos podem ser retirados de forma antecipada na bilheteria do Cine Brasília. É permitida a retirada de apenas quatro ingressos por pessoa.

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

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postado em 06/02/2024 10:35 / atualizado em 06/02/2024 10:36
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