ENTRETENIMENTO

Louise Clós afirma que é outra atriz após viver protagonista de série realista

Atriz gaúcha Louise Clós é Bárbara na série Até onde ela vai, que percorre a jornada de uma mulher vítima de abusos que encontra na fé a transformação. Ela também atuou e produziu no filme Jorge da Capadócia, que será lançado nos cinemas em 18 de abril

Louise Clós, atriz e produtora -  (crédito: Priscila Nichelli/Divulgação)
Louise Clós, atriz e produtora - (crédito: Priscila Nichelli/Divulgação)
postado em 02/04/2024 10:00

Conhecida do grande público pelo trabalho na série Reis, a atriz Louise Clós é Bárbara, protagonista da série Até onde ela vai, produção também da Record que pode ser vista na plataforma Univer Video. Para esse papel, a gaúcha perdeu 6kg, mudou o sotaque para o carioca com fonoaudióloga e fez uma mudança radical no visual.

A série retrata vários temas fortes como abuso, violência doméstica, álcool e drogas, e está sendo sucesso com o maior número de assinantes e visualizações da plataforma nos últimos tempos. Louise contou que o processo começou em outubro, quando ainda estava gravando Reis. Ela fez o teste para ser a Ester de Rainha da Pérsia, mas recebeu o convite para dar vida à Bárbara na série que tem a direção de Felipe Cunha, produzida pela Seriella Productions.

"Comecei de imediato. Li o roteiro, da Raphaela Castro, e amei, um texto que me surpreendeu muito. É uma obra contemporânea, baseada em fatos reais de pessoas que dividem com o mundo suas histórias. Muito impressionada como pode tanta coisa ter acontecido com essa mulher", afirmou ao Correio.

Caminho da fé

A história de Bárbara fala de uma infância marcada por traumas, agressões, violências domésticas. A menina tem surtos paranormais, escuta vozes, vê coisas e é descredibilizada pela família, que tem vários problemas emocionais que permeiam a história, tudo muito centrado nela, apesar de ela ter três irmãos, incluindo uma gêmea. Na vida adulta, a personagem reage de acordo com isso. "Ela se torna bem-sucedida no trabalho, mas não no amor, porque ela busca esse padrão que vivenciou da infância, e ela não consegue se desapegar mesmo quando os pais se regeneram", acrescenta.

Para Louise, a importância dessa série está em dialogar com mulheres que permanecem em relações abusivas, sejam esse abuso sexual ou psicológico. "Bárbara permanece nessas relações, não consegue sair do ciclo vicioso e acaba tomando atitudes drásticas, envolvendo-se com drogas e prostituição. Ela tem uma vida triste e com muita amargura porque não consegue pedir ajuda, não confia em ninguém", completa. "Hoje, essa mulher está viva, podendo contar essa história, e isso é um grande ganho, porque a gente entende que existem saídas. O caminho dela foi o da fé, e na vida dela a transformação foi definitiva", concluiu.

A gaúcha conta que estar em Até onde ela vai como protagonista foi transformador também para ela. "Bárbara me deu estofo emocional, foi o maior desafio da minha vida. Sou uma outra atriz após esse projeto, uma outra Louise após a Bárbara", finalizou ela, que também estreia, agora em abril, como Rita no longa Jorge da Capadócia, dirigido, produzido e protagonizado por Alexandre Machafer, do qual também é produtora.

9 vezes premiada

Nove prêmios internacionais não são para qualquer um. Mas esse foi o número de vitórias que Louise levou, em 2020, em festivais realizados nos Estados Unidos, na Inglaterra e na África, pelo filme Delphine, um curta-metragem dirigido por Fábio Brandão, que ela estrela ao lado de André Ramiro. “A premiação nada mais é que uma forma de reconhecimento do nosso trabalho que é feito com muito esforço e suor, então dá um quentinho no coração. Foram meses de preparação com uma equipe muito competente, os prêmios são apenas reflexo disso”, afirmou, em entrevista ao Próximo Capítulo, a gaúcha, que chegou a disputar o título de Melhor Atriz com Dira Paes.

Ainda no cinema, Louise encarou seu maior desafio profissional nas filmagens de Jorge da Capadócia, uma produção gravada no Brasil e na Turquia em que ela esteve como atriz e produtora. “A demanda de trabalho, carga horária e responsabilidade eram muito maiores. Gravamos no Rio e na Capadócia, então haviam obstáculos como a língua, a negociação, o translado, as locações e tudo que engloba o fazer cinematográfico com o plus de ser um país desconhecido e diferente do nosso. Dormíamos duas horas por dia, gravamos dentro das cavernas e comíamos a comida local”, conta ela.

O filme está previsto para 18 de abril, com distribuição da Paris Filmes. 

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