ABL

Pela 1ª vez, uma mulher negra é eleita para a ABL: Ana Maria Gonçalves

Autora de 'Um defeito de cor' vai ocupar a cadeira 33, anteriormente do gramático e filólogo Evanildo Bechara, que morreu em maio deste ano

A escritora Ana Maria Gonçalves -  (crédito: Reprodução/Instagram )
A escritora Ana Maria Gonçalves - (crédito: Reprodução/Instagram )

A escritora mineira Ana Maria Gonçalves foi eleita para ocupar a cadeira 33 da Academia Brasileira de Letras. Em votação nesta quinta-feira (10/7), a autora de Um defeito de cor se tornou a primeira mulher negra a ser uma imortal na ABL. 

Ela vai ocupar a cadeira do gramático e filólogo Evanildo Bechara, que morreu em maio deste ano. A escritora teve 30 dos 31 votos. Já a escritora indígena Eliane Potiguara recebeu um voto. Foram candidatos à eleição também Ruy da Penha Lobo, Wander Lourenço de Oliveira, José Antônio Spencer Hartmann Júnior, Remilson Soares Candeia, João Calazans Filho, Célia Prado, Denilson Marques da Silva, Gilmar Cardoso, Roberto Numeriano, Aurea Domenech e Martinho Ramalho de Melo.

Publicitária de formação, Ana Maria deixou a carreira para se dedicar à literatura. Em 2006, ela Lançou o romance Um defeito de cor. A obra de 952 páginas foi eleito o livro mais importante do século XXI pela Folha de S.Paulo e venceu o prêmio Casa de Las Américas de 2007, em Cuba.

A narrativa se tornou enredo da escola de samba Portela em 2024. Na época, a obra liderou lista da Amazon como livro mais vendido no site. A história narra da trajetória de Kehinde, uma mulher africana trazida para o Brasil como escrava. Segundo a autora, a protagonista é inspirada em Luisa Mahin, mãe do abolicionista Luiz Gama que lutou na Revolta dos Malês, em 1835. 

Ana Maria é a 13ª mulher eleita para a academia e uma das cinco em exercício na atual formação. A mineira também é a mais nova entre os imortais, com 55 anos. 

 

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postado em 10/07/2025 18:13
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