
Exibido no Festival de Veneza de 2024, o documentário brasileiro "Apocalipse nos Trópicos" entrou no catálogo da Netflix nesta segunda-feira (14/7). A produção é feita no Brasil em momento de destaque no cenário cinematográfico internacional.
O longa mostra o aumento da presença de líderes evangélicos em cenários da política brasileira. A produção cumpre com o objetivo enquanto acompanha figuras como o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além do pastor Silas Malafaia. As primeiras filmagens datam desde antes das últimas eleições presidenciais, em 2022.
A responsável pela direção do documentário é Petra Costa. Em 2020, ela foi indicada ao Oscar com a produção 'Democracia em Vertigem'. A cineasta brasileira é membra da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas desde 2018. Também esteve à frente de filmes como 'Olhos de Ressaca', 'Elena' e 'Olmo e a Gaivota'.
"Ficou muito claro a onipresença evangélica durante o começo da pandemia. Tanto dando serviços espirituais, médicos, psicológicos que o Estado não estava dando no momento de crise tremenda, quanto também o papel do negacionismo no uso de máscaras, de Jesus cura Covid e até uma visão em algumas tendências de que seria bom, de que o Covid é bom, como um sinal do Apocalipse e da aceleração do fim do mundo", afirmou Petra, em entrevista à CNN.
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A emissora ainda relata que, segundo o documentário, o número de evangélicos no país cresceu 35% nas últimas quatro décadas. "Uma das mudanças religiosas mais rápidas da humanidade", afirma Petra Costa. O filme ainda mostra como se envolve o movimento evangélico na política. A forma em que se encaixa no governo Bolsonaro, entre 2019 e 2022, e a maneira com que Lula lida com a comunidade também são expostas.
Diversão e Arte
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