
Sidney Magal desembarca neste sábado (26/7) em Brasília com show gratuito como parte do Festival de Inverno do Sesc, realizado no Parque da Cidade. Vestido da persona do amante latino que o ajudou a construir um universo "que nunca sai de moda" e que é mais "autêntico" do brega, segundo o próprio cantor, ele traz para a cidade um show planejado "como manda o figurino". "Prepare-se para uma noite de pura paixão, brilho e sedução! O show será um espetáculo arrebatador. Vai ter dança, vai ter romance, vai ter aquele momento em que o sangue ferve de verdade! O palco vai virar uma arena de emoções, porque eu não venho sozinho, venho com Sandra Rosa Madalena, com o calor latino e com todos vocês, meus amores!", avisa, em entrevista ao Correio. Hoje, o Festival de Inverno tem ainda shows de Dora Morelenbaum, Móveis Coloniais de Acaju, Anne Eoketu e Kirá.
No repertório, Magal promete incluir os clássicos Meu sangue ferve por você e Sandra Rosa Madalena, mas avisa que músicas como Se te agarro com outro te mato, ele não canta mais. Há alguns anos, o cantor faz sempre questão de explicar que excluiu a canção do repertório após um caso de feminicídio em que o autor do crime deixou um bilhete com o título da música. "Quando gravei, era uma expressão comum, mas hoje, não cabe mais. Sempre respeitei as mulheres, elas são o coração do meu público, a alma dos meus shows. Por isso, escolhi deixar essa canção de lado. Ela ficou no passado, fora do meu repertório. Hoje, essa letra não faz mais sentido, nem como brincadeira, no mundo que eu desejo para minha neta, e para todas as mulheres", explica.
Quanto aos outros clássicos inevitáveis no repertório, ele acredita que fazem sucesso até hoje por falarem de sentimentos e situações comuns à experiência humana. "Elas falam de desejo, de paixão, de intensidade, sentimentos que todo ser humano conhece, ontem, hoje e sempre. E quando a gente canta com o coração na boca, com o corpo em cena e a alma em cada nota… o tempo não apaga, só eterniza. Essas canções marcaram época porque falam direto à emoção do povo, com o peito aberto, com paixão, com entrega", garante. "São verdadeiras, fazem parte da memória afetiva do Brasil. Aquecem o coração e fazem o sangue ferver. E isso nunca sai de moda!". Em entrevista, o cantor fala sobre sobre o show e a própria imagem.
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Entrevista // Sidney Magal
Quem é Sidney Magal por trás da imagem pública?
Por trás desse homem de cabelos não mais tão ondulados, roupas não mais tão vibrantes e gestos teatrais, existe um artista que sempre acreditou no poder do amor, da alegria e da entrega total. Eu sou um homem apaixonado pela música, pela vida, e claro, pelo público. Fora dos holofotes, sou pai, sou marido, sou um ser humano que ri, que chora, que vive com intensidade, mas sempre com o coração aberto.
Hoje, depois de tantas décadas em cima do palco e sempre com um público muito caloroso, o que significa para você fazer um show e ter contato com o público?
É como voltar para casa! Cada show é um reencontro com pessoas que fazem parte da minha história, que cantam comigo, choram comigo, vivem comigo. É como um romance que nunca acaba e que, toda vez que nos olhamos nos olhos, acende de novo! Eu canto, mas eles devolvem em amor. É uma troca que me faz eterno!
Como a imagem do amante latino, uma das personas que você representa, mudou ao longo das décadas?
Mudou, claro! O amante latino de hoje sabe ouvir, respeitar, dividir… mas continua ardente, vibrante, caliente! E é claro que eu ainda me identifico com ele, com aquele fogo no olhar, com o jeito sedutor, com a vontade de viver cada segundo como se fosse o último tango em Paris! Porque ser latino é isso: é sentir, é viver, é amar sem moderação!
Como você enfrentou o preconceito de certos setores da crítica musical no início da carreira?
Com muito brilho nos olhos e com a certeza de quem sabe o que está fazendo. Enquanto alguns torciam o nariz, o povo abria os braços. E eu segui com eles, cantando, dançando e conquistando corações. Nunca deixei que me colocassem numa caixinha. Eu sou Magal! Sou muitos em um só. E isso, meu bem… ninguém pode apagar!
Show de Sidney Magal
Sábado (26/7), às 16h, no Estacionamento 9 do Parque da Cidade.
Diversão e Arte
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