
A atriz e comediante Castorine, que conquistou o público no humorístico Zorra, da TV Globo, e como a advogada Yeda em Elas por elas, está vivendo um momento efervescente e um sonho antigo na carreira. Ela integra o elenco da nova novela das 18h, Êta mundo melhor!, interpretando Maria Divina, uma caipira irreverente, fogosa e apaixonada, ao lado do ator Anderson Di Rizzi. Para a artista de 26 anos, realizar o sonho de fazer uma novela de época, ainda mais com a assinatura de Walcyr Carrasco, é nada menos que "um presente gigante".
- "Há muito a ser mudado", avalia Marcelo Argenta, de "Eta mundo melhor!"
-
Gabriel Canella retorna à tevê com um Vermelho "ainda mais colorido"
Em meio à correria das gravações, Castorine revela que a transição entre diferentes plataformas — do teatro à televisão e ao cinema — exige, acima de tudo, entender cada linguagem. "No teatro, tem a riqueza de poder ter a quarta parede quebrada e se comunicar com o público, vemos o resultado do nosso trabalho na hora. No audiovisual, não temos meses de ensaio como em peças, então estudamos o texto, pensamos em propostas, mas exige um estado de alerta, de ser dirigido e naquele instante gravar a cena, principalmente em novelas", explica.
Sua nova personagem, Maria Divina, é descrita por ela como "uma personagem muito amável". O processo de criação foi focado em decifrar aquele temperamento peculiar. "Meu processo foi entender esse temperamento: ela não é inocente, é bem danada e temperamental, mas, ao mesmo tempo, muito dócil, tem o coração muito bom, é uma sonhadora que pega seus sonhos e transforma em metas", defende a atriz. "Fico feliz e sinto que estou explorando um outro tom cômico que está fora do que estava acostumada, uma concubina ultrarromântica", diverte-se.
A experiência em uma novela de época, segundo ela, é única e especial, permitindo uma criação que mergulha em um universo próprio. "Por ser uma novela de época, com uma linguagem fabulesca, existe uma criação de personagem que entra em universo próprio e eu penso 'não sei quando vou pegar um outro trabalho que vou ter a chance de trabalhar nesse registro, um tom mais teatral'."
Essa vivência contrasta com sua primeira novela, Elas por elas, que era contemporânea, mostrando como as duas experiências são complementares para seu crescimento. Nesta segunda incursão no horário nobre, ela refaz a parceria com a diretora Amora Mautner, por quem nutre profunda admiração.
Com a caneta
Mas a criatividade de Castorine não se limita à interpretação. Ela também é autora, roteirista e atriz na comédia musical Camareiras, um projeto que nasceu "das risadas e improvisos com a Lu" — sua amiga Luisa Perissé. "São duas camareiras que estão cansadas de serem invisíveis dentro do seu trabalho, de estarem sempre nos bastidores do hotel e se permitem fazer o que muitos negavam às duas: o direito de sonhar".
Para ela, a criação e a atuação são facetas que se alimentam mutuamente, uma necessidade de gerar suas próprias oportunidades. "No meu caso, não estava chegando nenhuma oportunidade, então resolvi criá-la.
E é o que mais tem, ator que escreve seu próprio texto, é o próprio produtor... A gente tem que ir fazendo, movimentando-se como pode até encontrar o fluxo", argumenta.
A atriz ainda tem três novidades a caminho: o programa Volte sempre, o filme Era uma vez, a minha primeira vez e a segunda temporada de Galera FC. Por meio de todos os seus personagens, dos mais cômicos aos mais dramáticos, o desejo de Castorine é um só: criar uma conexão genuína com o público. "A mensagem que trago depende do personagem que estou, mas o meu desejo é poder sempre criar uma conexão com quem estiver assistindo que permita libertar uma emoção. A arte é expressão e comunicação que libera o imaginário humano", finaliza, resumindo sua crença no poder transformador do seu ofício.
Diversão e Arte
Diversão e Arte
Diversão e Arte
Diversão e Arte