
Mais de vinte anos após o impacto global de A Paixão de Cristo (2004), o diretor Mel Gibson volta a explorar o tema com A Ressurreição de Cristo, produção que surge cercada de expectativas e controvérsias. Previsto para estrear em 2027, o longa começou a ser filmado em Roma e acompanha os três dias entre a crucificação e a ressurreição de Jesus — período que o diretor descreve como uma jornada “quase psicodélica”.
A produção culminou em polêmicas pela substituição de Jim Caviezel, intérprete de Jesus no longa original. O papel agora será do finlandês Jaakko Ohtonen, decisão que dividiu os fãs e levantou dúvidas sobre a continuidade visual e emocional da história. A escolha foi confirmada pela Variety, que também revelou as novas intérpretes femininas: Mariela Garriga, atriz cubana conhecida por Missão: Impossível — O Acerto Final, assume o papel de Maria Madalena (antes vivido por Monica Bellucci), e a polonesa Kasia Smutniak, será Maria, mãe de Jesus, substituindo Maia Morgenstern.
Segundo a imprensa internacional, a troca de elenco foi motivada por questões técnicas. Como a narrativa se passa apenas três dias após a crucificação, seria necessário rejuvenescer digitalmente os atores originais. “Eles teriam que fazer tudo isso com CGI, toda essa coisa digital de rejuvenescimento que seria bem custosa”, explicou uma fonte à Variety. Caviezel, hoje com 57 anos, teria de parecer novamente um homem de 33.
Embora Gibson tenha cogitado o uso de rejuvenescimento digital, conforme disse em entrevista ao podcast de Joe Rogan, o diretor acabou optando por um novo elenco.
Gibson também provocou novos debates ao afirmar que A Ressurreição de Cristo mostrará Jesus explorando o Hades, enfrentando anjos caídos e atravessando o Inferno antes de retornar à vida. “É uma viagem de ácido”, disse o cineasta, descrevendo o roteiro como uma experiência mística e visualmente intensa. A abordagem divide religiosos e críticos, que temem um afastamento das bases bíblicas tradicionais.
A proposta espiritual ampliada soma-se à decisão de lançar o filme em duas partes — uma na Sexta-Feira Santa e outra no dia da Ascensão —, movimento que alguns consideram simbólico, enquanto outros acusam de ser uma estratégia comercial para aproveitar datas religiosas e aumentar o lucro nas bilheterias.
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O retorno de Gibson ao universo bíblico reacende antigas controvérsias. O diretor, já criticado por declarações antissemitas e comentários polêmicos, enfrenta novamente o desafio de equilibrar fé, arte e provocação. Para alguns, o novo longa pode representar uma redenção cinematográfica. Para outros, é apenas a repetição de uma fórmula errada.
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