
O poeta, escritor e economista José Carlos Peliano lança amanhã, às 19h, a nova obra Nada mais, no Beirute, 109 Sul. A obra reúne 60 poemas e presta homenagem ao legado do chileno Pablo Neruda, especialmente à clássica coletânea Vinte poemas de amor e uma canção desesperada.
Com lirismo contemporâneo e voz própria, Nada mais traz versos de forte carga sensorial e imagética. Segundo o autor, o conceito do livro nasceu como um tributo a Neruda e à força arrebatadora de sua poesia. Ao Correio, Peliano explica que o conceito do livro vem de fazer um tributo a Neruda "reunindo poemas também românticos e com ardor. A energia do impulso da força amorosa é empática".
Mesmo que o nome de Neruda não apareça diretamente nos versos, a presença simbólica do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura atravessa toda a obra. "Depois de ler seus livros, em especial Vinte poemas de amor e a biografia "Confesso que vivi", acabei aprendendo muito de seus arroubos românticos", conta o poeta.
A obra tem sido descrita por estudiosos como uma expressão da sensibilidade lírica de Peliano. Para Claudecir Rocha, doutor em estudos literários pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Nada mais é "uma obra de notável sensibilidade, com voz própria e contemporânea, que alia metáforas da lírica nerudiana e do modernismo brasileiro, por vezes com a irreverência de Drummond e a musicalidade de Vinicius de Moraes".
Maria Victoria Benevides, professora emérita da Universidade de São Paulo (USP), destaca o tom apaixonado dos poemas de Peliano: "Uma poesia apaixonada nos encanta em cada estrofe. Vai Peliano, com a memória de Pablo Neruda, com esse amor que 'vem abrir no corpo um veio', mas que espanta para longe o 'tigre invisível da agonia'".
Natural de Juiz de Fora (MG) e radicado em Brasília há mais de 50 anos, José Carlos Peliano é poeta, escritor e doutor em economia. Autor de oito livros de poemas, dois infantis, um romance e seis obras premiadas, ele também publicou três livros e diversos artigos técnicos na área econômica. Nada mais estreou na Flip 2025, em Paraty, e agora chega à capital federal em um evento no Beirute.
*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira
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